E os vilões?
Até hoje todos os vilões de Bond são bem dimensionais e no fundo, todos seguem uma fórmula, plano maquiavélico e megalomaníaco que invariavelmente resultaria em colocar o mundo livre de joelhos e configurar uma nova ordem mundial, alterando para sempre o status quo do nosso planetinha. E não há nada de errado com isso.
Mas isso funcionava no passado, em que mesmo Bond não tinha nada além de beber, transar, chutar bundas de vilões e salvar o mundo. Hoje em dia, que o público demanda um personagem mais vulnerável e profundo, tenso, sombrio, dramático e realista (obrigado Nolan, seu babaca), esse tipo de vilão talvez não funcione tão bem.
Por mais que seja notável um progresso nesse sentido, nós não podemos nunca julgar um filme inteiro pelo vilão.
Um caminho seria focar no ponto de vista do vilão? Apesar de serem caricatos em certo nível, os vilões de Bond ainda podem ser mais interessantes. Quer um exemplo? Barão Samedi, de 007 – Viva e Deixe Morrer. Além de memorável, é exótico, além de um extra: fica implícito que ele é imortal. Eu não sei se rende um filme de espião, mas certamente rende um thriller de suspense, com direito a magia vudu (que nesse caso, não é pra jacu).
Mas e aí, vocês acham que tem alguma outra de spin off que eu deixei passar? No universo do Bond, o melhor é só focar nele mesmo? Deixe aí nos comentários.
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