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O primeiro jogo da série de Uncharted chegou no PlayStation 3 em 2007. As críticas foram boas, as vendas também. Mas alguém diria naquela época, que a franquia se tornaria um dos carros-chefe da Sony nos videogames?. Hoje em dia o jogo é uma das maiores referências de como se contar uma boa história de forma sólida e coesa. Após o primeiro título, tivemos mais 7 lançados (sendo dois deles para o console portátil PS Vita e um para celulares – estes não desenvolvidos pela Naughty Dog, produtora criadora do jogo). E assim Uncharted vai deixando sua marca, através de uma qualidade baseada em jogabilidade simples e direta, foco na narrativa e personagens carismáticos.

Nathan Drake em Uncharted

Sendo assim, temos: Uma franquia com sucesso de crítica e público, roteiro consistente e personagens bem desenvolvidos. Então… por que está tão difícil para o filme de Uncharted sair do papel?

É impossível não pensar em um fantasma que assombra produções de videogame para o cinema, a qualidade. Filmes de videogames não são bem falados devido a quantidade de obras adaptadas que se deram nada bem por aí, e isso aconteceu tanto que a mancha no assunto não sai de jeito algum. Pensando um pouco, podemos até citar obras que tiveram sucesso no pulo para a 7ª arte – um exemplo recente é o filme Pokémon: Detetive Pikachu, que tem sua origem de um jogo de mesmo nome para Nintendo DS.

Então qual é o problema?

Mas parece que este estigma não é o principal problema do futuro(?) filme. Dado um material tão bom que tem algo muito difícil de encontrar; é altamente cinemático. Jogar o primeiro jogo ‘Uncharted: Drake’s Fortune’ é como assistir um filme de aventura, onde a simplicidade da franquia já é mostrada. Não existem tramas mirabolantes, plot twists exagerados ou não-linearidade. É a história do protagonista Nathan Drake, caçando um tesouro perdido acompanhado de seu mentor e uma produtora de TV.

Em um mundo perfeito, um modelo de filme seguindo a cronologia dos jogos e baseada diretamente em seu roteiro já seriam a solução perfeita. Dessa forma, agradaria pessoas que esperam um filme e evitaria mudanças desnecessárias. Mas não é assim que a indústria do cinema funciona, e todos sabem bem… A novela envolvendo a produção de Uncharted já dura mais de 10 anos. E aparentemente, o conflito maior é nas decisões sobre quem deve comandar o filme. Desde o anúncio que Avi Arad produziria o longa, isso em 2008, o projeto já trocou de diretor 6 vezes. Desistências, conflitos de agenda, de criatividade(…) vários motivos já foram a razão de nenhum profissional continuar no comando da adaptação. Uma coisa que parece atrapalhar um pouco foi também o maior balde de água fria nos fans – a escalação de Tom Holland (Homem-Aranha) para viver a versão jovem de Nathan Drake. A agenda do ator é bastante cheia, o que fez com que o último diretor tivesse que sair do projeto.

Tom Holland e Nathan Drake

O problema com a escalação do ator nada tem a ver com a sua qualidade na profissão, até porque sabemos que Tom Holland é ótimo desde criancinha. Mas a decisão de contar a história de Nathan partindo da sua infância, e não de sua vida adulta (quando já é um caçador de tesouros estabelecido) fez muita gente torcer o nariz. É algo desnecessário. Isso nos leva a crer que talvez a ideia da Sony seria de estender a franquia, começar a história com o personagem na adolescência abre um leque de muitos anos a serem explorados em filmes – e consequentemente, mais chances de lucro.

O jeito é torcer por uma boa surpresa

Uma boa esperança de como o filme seria é o curta-metragem feito pelo diretor Allan Ungar. Nele, vemos Nathan Fillion (que já falou publicamente da vontade que tem em viver Nathan Drake nos cinemas) fazendo muito bonito no papel, e nos deixando sonhar em como poderíamos ver Uncharted nos cinemas.

E enquanto a decisão de um novo diretor não é anunciada só resta aos interessados aguardar. Fica a questão se todos esses anos de desenvolvimento mataram o hype da franquia nos cinemas ou se foi o que deixou o público mais curioso ainda pra ver o resultado.