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Pra quem é fã dos quadrinhos, roteirizado por Alan Moore e ilustrado por Dave Gibbons, a obra é uma grande homenagem ao universo de Watchmen. Não, ela não é uma adaptação do original para a TV, afinal, um universo como esse permite que barreiras sejam quebradas e deem espaços para que novas histórias sejam contadas.

Diferente do homônimo original, que se passa em 1985, a história da série se passa em 2019, e foi trazida à vida por Damon Lindelof, um dos produtores de LOST e por se tratar de um spin-off do original, a história mostra o mundo após o final da história retratada nas HQs, mas desconsidera que tivemos o filme dirigido por Zack Snyder, em 2009.

Em uma sessão fechada para a imprensa, tivemos a oportunidade de assistir aos dois primeiros episódios da série, que estreia nesse domingo (20), e vou tentar explicar aqui o porque você deveria assistir também. Calma, não vou dar nenhum spoiler aqui, fica tranquilo! #AntiSpoiler

As séries produzidas pela HBO tem como características serem mais densas, cheias de mistério e um ritmo mais lento de contar uma história, muito focado em diálogos e narrativa, e é aí que a sua expectativa é quebrada pela primeira vez. Em Watchmen o ritmo é extremamente acelerado, na minha humilde visão, e isso não quer dizer que os diálogos e narrativas sejam mal trabalhados, mas um por se tratar de uma realidade distópica de quadrinhos, o ritmo pede pra ser mais acelerado.

É uma série com foco num público mais adulto, e a gente sabe que a HBO não economiza nesse tipo de coisa quando se trata de violência, sexo e outras coisas assim

Inclusive, existe uma sequência, que agora não lembro se foi no primeiro ou no segundo episódio (#old) que é IMPOSSÍVEL tirar os olhos da tela. Sem falar na fotografia da série, que utiliza tons mais escuros (às vezes escuros demais) para criar aquela tensão em cenas de combate que estão prestes a acontecer e te deixar sem saber o que vai acontecer e ter a mesma surpresa que a personagem foco daquele momento.

Nesses dois episódios vemos a história muito focada na Sister Night (Regina King) uma personagem que está tentando desvendar os mistérios de um grupo que tem como modelo a Ku-Klux-Klan, e traz temas muito atuais do mundo e da sociedade em que vivemos, onde as pessoas estão um pouco mais “rebeldes”, por falta de palavra melhor, que conecta você com aquele mundo.

Uma outra coisa que chama a atenção é a trilha sonora. O uso de sintetizadores durante momentos de tensão resgata um sentimento da época em que o quadrinho acontece, te conectando com a obra original e aquele universo.

Para criar aquele “gostinho de quero mais”, os dois primeiros episódios realmente te deixam perguntando: “Mas o que diabos está acontecendo aqui?”, e não te dá muitas respostas sobre isso não, prometendo que isso vá se resolver mais adiante com o andar da carruagem.

A série, segundo o próprio Damon Lindelof, foi pensada para ter uma temporada apenas e nove episódios. É claro que nada impede que a série tenha uma continuação, tudo depende de quanto de receita isso vai gerar pra produtora e de quão bem vai ser recebida pelo público.

Quem é fã de carteirinha das HQs, vai ficar feliz com algumas referências retratadas logo nos dois primeiro capítulos, que eu não vou falar quais são justamente para manter a expectativa e não estragar a surpresa. Já quem não é fã, está correndo o grande risco de ser introduzido a um mundo maluco através da série, e que vai acabar indo buscar as HQs originais para entender os eventos daquela época.

O começo da série parece respeitar muito a obra de Alan Moore, mas é muito importante saber e ter em mente que é outra história, o que não significa que é ruim, e que vai ser pautada na original de 1985.

Watchmen estreia esse domingo, 20, na HBO….. the clock is ticking.

Tick….tack…..tick….tack….