A primeira coisa que me chamou a atenção nessa série foi a criadora. Me diverti demais com Weeds e com a forma como as personagens reagiam às situações mais adversas, e fiquei extremamente curiosa para saber o que a Jenji Kohan tinha preparado para esse novo projeto. E aí me caiu a ficha do trocadilho no nome – sim, eu sou meio lenta pra essas coisas de vez em quando.
Comecei a assistir sem nenhum compromisso. Mas mesmo que a série não valesse a pena pela produção, tem a lindíssima Laura Prepon. Isso já faria valer a pena. E confesso que, no primeiro episódio, cheguei a detestar a Piper Chapman. Sem sal nem açúcar, sem muita opinião, uma garota mediana, comum. E aí você descobre como funciona a prisão, junto com ela. Começa a entender as histórias por trás daquela história, e entender o porque de cada ação, de cada reação.
Por se tratar de uma cadeia de segurança mínima, o clima até parece o de uma escola, o que chegou a me incomodar por alguns momentos: algumas coisas ali não condizem com a realidade da prisão. Mas as interações, as relações das prisioneiras são o foco da série: a maneira como elas se relacionam entre si, com as pessoas que ficaram lá fora e, principalmente, consigo mesmo.
Jenji Kohan mostra que, por mais que você seja centrado e equilibrado, você nunca vai realmente conhecer a si mesmo e saber do que é capaz até ser colocado em situações extremas. E é aí que a Piper Chapman entra: uma garota comum, com um emprego comum, com um namorado comum, com sonhos comuns, que fez merda no passado e agora está pagando por isso.
A proposta de Orange Is The New Black é essa: até onde uma pessoa é capaz de ir, quando pressionada?
A Netflix continua a me surpreender com as suas séries. Primeiro Hemlock Grove, agora Orange Is The New Black… recomendo fortemente.
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