Se uma coisa podemos dizer com certeza sobre o caso mostrado na série da Netflix, Making a Murderer, é que restaram muitas dúvidas sobre o assassinato de Teresa Halbach.
Como já falamos sobre a série aqui, Dassey tinha apenas 16 anos quando foi acusado de ajudar seu tio, Steven Avery, a estuprar, assassinar e esconder o corpo de Halbach, que desapareceu no condado de Manitowoc, em 2005.
Na última sexta-feira (12 de agosto), um juiz dos EUA anulou sua condenação afirmando que a maneira como se deu a confissão de Dassey sobre o assassinato de Teresa feriu as 5ª e a 14ª emendas da Constituição dos EUA.
“A confissão que Dassey fez à polícia em 1º de março de 2006 foi tão claramente involuntária, em um sentido constitucional, que a decisão do tribunal de apelação pelo contrário foi uma aplicação irracional da lei,” escreveu.
Segundo os registros, Dassey tinha um QI “de faixa média-baixa a limítrofe” e nunca havia interagido com a polícia antes. Após ser interrogado, ele disse à polícia que ajudou o tio a cometer o crime. No entanto, em seu pedido de soltura julgado por Duffin, o jovem argumentou que sua confissão foi coagida, que seu advogado tinha um conflito de interesse no caso e que ele recebeu falsas promessas dos investigadores.
Duffin acrescentou ter “dúvidas significativas” sobre a confiabilidade da confissão de Dassey, pois seu interrogatório só foi interrompido depois que os investidores receberam as respostas que estavam buscando. Além disso, o juiz escreveu que os investigadores “exploraram” Dassey, interrogando-o sem a presença de um adulto.
“As declarações dos investigadores, durante o interrogatório, claramente levaram Dassey a acreditar que ele não seria punido por contar detalhes incriminatórios que os policiais diziam já saber,” escreveu o juiz.
Você pode ler a ordem judicial completa aqui.
Parece que essa história ainda tem muito para desenrolar e a Netflix já avisou que haverá uma segunda temporada! Resta continuar acompanhando…
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