Algumas vezes a internet traz algumas coisas boas, que realmente fazem diferença na vida das pessoas. Mas no geral a internet é um grande Rio Tamanduateí, por onde passam vários quilos de produtos menos nobres. E essa introdução foi só pra encher linguiça pra não começar o post de uma maneira muito ofensiva. (talvez eu não tenha conseguido)
Então vamos lá, essa é a notícia mais desimportante da semana. Pode não ser pra você, mas pra mim é:
“Baiana de 120 anos pode ser considerada a mulher mais velha do mundo”
Certo, ela pode ser considerada a mulher mais velha do mundo… E daí? Isso não representa nada para ninguém, isso não contribui de forma alguma para o mundo. E ela nem vai ganhar dinheiro por ter esse recorde. Talvez a única vantagem é ela ter um caixa do banco reservado só pra ela. Porque se os idosos de 60 anos já têm a fila preferencial, ela deve ter a fila preferencial Van Gogh.
Mas olha como esse recorde é daqueles típicos casos de recorde merda: quanto mais ela quebra o próprio recorde, mais perto ela fica de morrer. Não vai dar nem pra contar vantagem desse magnífico recorde. Ela tem 120 anos, quer dizer, ela nasceu em 1895. E eu aposto que ela nunca sonhou que ia viver tanto, porque naquela época chegar aos 40 já era um diferencial. E se você chegasse aos 40 sem ter pego febre amarela, você era considerado um mártir. Ela é a mulher mais velha do mundo. Ou simplesmente a mulher que a morte esqueceu de chamar.
E quais serão as vantagens de viver tanto tempo? As desvantagens acho que todo mundo já imagina quais sejam.
– você fica mais sábio. Querendo ou não você VAI ficar mais sábio;
– as pessoas te respeitam mais. Seres humanos tendem a respeitar os idosos;
– você não faz a sua família sofrer com a sua morte, porque todo mundo morre antes;
– você passa a ser respeitado nos restaurantes mais chiques do mundo. Porque a minha avó com 70 anos cozinhava bem pra cacete, imagina essa senhora com 50 anos a mais de experiência do que a minha avó!? Fasano, aí vai ela!
– essa sim tem propriedade para falar “no meu tempo”.
Vou ficando por aqui, mas sempre lembrando: gente, tudo tem limite. Até a vida. Até a próxima.
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