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Cara, eu não sou muito de fazer game review por aqui. Mas tem certos jogos que eu faço questão de jogar. The Division 2 é um desses. Antes de mais nada, gostaria de agradecer à Ubisoft, por enviar uma cópia pra gente jogar e fazer o Review. Bora lá!

Eu sou suspeito pra falar, porque fui um grande fã do primeiro. Só parei de jogar por conta de um problema na minha conta da PSN que me fez ter que criar um novo perfil. Mas agora problema resolvido, por que eu vou jogar The Division 2 por um LOOOOOOONGO tempo. De qualquer maneira, o que me atraiu para essa franquia, num primeiro momento, foi justamente o nome de Tom Clancy, famoso autor de livros de Thrillers de espionagem, como A Soma de Todos os Medos, Perigo Real e Imediato e talvez sua obra mais famosa – A Caçada ao Outubro Vermelho.

Eu vou dar uma divagada aqui, mas preciso explicar: Eu tive contato com a obra de Tom Clancy com um outro jogo que vocês devem conhecer muito bem. Rainbow Six. Só que a primeira versão do jogo, que não tinha nada a ver com R6 Siege. Descobri que o cara escrevia livros de ação e espionagem, assisti Caçada ao Outubro Vermelho e daí em diante me tornei um grande fã, já tendo lido vários livros e assistido a todos os filmes que vem com a chancela do homem.

Nos games não foi diferente. Comecei em Rainbow 6, depois a série Splinter Cell, que não é baseada em livros, mas tem o carimbo do mestre. A série Ghost Recon e claro, The Division.

A história do jogo resumidamente acompanha um grupo especial de agentes que só assumem suas tarefas quando todo o resto mergulha no caos. E é precisamente o que acontece no primeiro jogo, quando um vírus mortal é liberado numa Black Friday, nas notas de dinheiro. NY mergulha no caos completo e com o caos instalado e várias facções e milícias tomando o controle da cidade, a Divisão assume a tarefa de proteger a cidade e as pessoas. Dessa vez, no entanto, 7 meses após o atentado do primeiro jogo os agentes da SHD (Strategic Homeland Division) são chamados para ajudar a salvar a capital, Washington DC.

Washington DC é mais legal que NY

Não sei dizer o que me levou a essa conclusão, em termos de história. Existe um enredo, mas ele é bem simples e a premissa ainda é a mesma da missão de NY. Reestabelecer a cidade, serviço por serviço, reconquistando bairro por bairro e combatendo as milícias e gangues que tão tocando o terror. Tem uma trama que segue o seu personagem até o level 30, MAS eu não quero dar Spoiler aqui. De qualquer maneira, essa reviravolta no roteiro é o que aumenta o fator replay, mais que dobrando a vida útil do game.

Por falar em fator replay, se tem uma coisa que não falta nesse jogo são objetivos e missões a serem cumpridas. Desde as missões principais, passando pelas secundárias e objetivos menores, mas tão desafiadores quanto, que são conquistas de territórios das gangues e milícias, interrupções de transmissão de propaganda (semelhante ao Ghost Recon Wildlands), Interceptação de Comboios de Suprimento e por aí vai. A Ubisoft foi muito feliz nesse sentido, ouvindo as reclamações da galera e colocando essa série de eventos aleatórios, mantendo o mapa em constante movimento e fazendo com que o jogador sempre tenha algo pra fazer. Outra coisa que eu notei um senhor aumento foi num dos pilares do jogo – as loot boxes. Agora elas dão componentes, alguns itens que você deve doar a funcionários da JTF, além de armas, acessórios e roupas.

Outro ponto que eu gostei bastante foi o aprimoramento de equipamentos. Você tem vários objetivos paralelos, que podem ser acompanhados na seção de projetos. Eles liberam esquemas de construção (blueprints) que melhoram seus equipamentos. Tudo vai sendo liberado organicamente conforme você vai progredindo no jogo. O que não quer dizer que o jogo comece fácil. Se você vacilar, até as missões iniciais podem complicar, fazendo com que a curva de aprendizado seja interessante. Mesmo morrendo muitas vezes, não chega a ser frustrante. Você quer voltar pra tentar passar de novo.

Tá bonito pra caramba

Em termos visuais, o jogo tá muito bonito. Não sei se é a paleta mais quente, já que estamos no verão, mas tá incrível. A capital dos EUA foi construída em escala 1:1 em um nível de detalhes invejável. Pontos turísticos e icônicos da cidade estão construídos brilhantemente. Até o Salão Oval você acha se procurar bem na Base principal que é CLARO, é a Casa Branca. A Missão no Museu Aeroespacial também é digna de nota aqui.

Fora isso, ainda tem o esquema de mudança dinâmica do tempo. Os ciclos dia/noite são longos e as vezes o tempo fecha, cai uma puta chuva e combater nessas condições torna a coisa ainda mais difícil. À noite por vezes, combater é um problema também.

O sistema de criação de personagem e a variedade no visual dos NPCs é ok, mas acho que da parte visual é o ponto mais fraco. Eu entendo que você não vê tanto a cara do seu personagem e que ele tem que ser genérico o suficiente para ser facilmente identificável com qualquer pessoa que vá jogar, mas mesmo assim, com mais opções acho que dava pra deixar chupeta. O Mesmo vale para os inimigos.

Os Milicianos tão ligeiros

Uma das coisas que mais chamou a atenção foi como essa galera tá esperta. De cara já deu pra notar que os inimigos tem como objetivo principal te cercar e flanquear. Como o foco de The Division é justamente o combate tático, foi bem legal ver essa melhora, o que te obriga a não ficar em uma única cobertura, acompanhando a movimentação inimiga. Além disso, tem alguns que são kamikaze, vem correndo de encontro à você. Alguns até são homem-bomba. Os engenheiros não constroem só torretas, mas também uns carrinhos de controle remoto que explodem, alguns com serras que vem em cima de você e podem acabar com você num piscar de olhos.

Isso pra não falar os blindados. Tem uns que aparecem com serra elétrica até e vem pra cima de você. A logística da barra de vida sofreu uma alteraçãozinha. Não tem mais o Medkit pra recuperar a vida. Na verdade agora você coloca o escudo no seu colete e só toma dando quando ele é destruído. A mesma coisa para os blindados. Eu acabei descobrindo que uma granada acaba com parte da cobertura do blindado, aí é só atirar naquele ponto desprotegido. Mas veja bem, isso não quer dizer que é fácil.

Fator Replay e o futuro de The Division 2

No fim das contas, eu até larguei o FIFA de lado (quem me conhece sabe que é difícil) e tenho me divertido horrores. Isso sem contar que já temos 3 expansões gratuitas planejadas. A primeira delas inclusive tá na boca do forno aí pra sair. Com tudo isso, eu preciso confessar que tenho me entretido tanto com o PvE, que nem tenho ido me aventurar tanto na Dark Zone, que é a área PvP do jogo. O pedido de ajuda que você pode fazer e recebe a todo momento, me trouxeram um time legal, que acabou por me convidar para o clã deles, outra novidade do jogo e que promete esquentar as disputas na Darkzone.

Aqui vale um parênteses: Eu não fui pra Darkzone por dois motivos. Primeiro que eu, particularmente, não acho que seja muito produtivo se aventurar por lá antes de chegar ao nível 30. Segundo que eu não sei se foi impressão, mas as 3 vezes que entrei na DZ Leste, achei tudo meio vazio, que também foi um comentário bem comum entre as pessoas que eu joguei junto e fiz questão de perguntar.

Resumo da Ópera

Se você curte esse tipo de jogo loot shooter, cooperação com outros e um jogo que vai durar um baita tempo com muito fator replay, The Division 2 é pra você com certeza. Dá pra jogar sozinho? Dá, mas ai metade da graça vai embora.

O Game é bem melhor que o primeiro e a Ubisoft é bem honesta na tentativa de oferecer um game melhor e que não tenha os problemas do primeiro, que levou uma série de patches para ficar equilibrado e a quantidade muito maior de tarefas e objetivos. É absurda a quantidade de missões e coisas pra fazer. O Desafio é bom desde o começo do jogo e se você vacilar amigo, é fim da linha. A estrutura das missões é repetitiva, mas é engraçado como o cenário e a intensidade do quebra-pau fazem essa sensação de repetir sempre a mesma coisa quase desaparecer. É legal também que nessa sequência, muitos combates acontecem dentro de prédios e áreas fechadas. Também vou destacar a possibilidade de chamar outros jogadores a qualquer momento, o que pode (ou não) facilitar sua vida ou equilibrar o combate.

Existe uma senhora variedade de armas, embora os tipos preferidos pra mim tenham sido as Snipers e os Rifles de Assalto. Mas você pode deixar salvo vários esquemas (Loadouts) e trocar rapidamente no menu. Então pensar bem para montar seu equipamento é ainda mais essencial e determinante em certas missões.

Os inimigos estão visivelmente mais inteligentes, com uma variedade de equipamentos e táticas que vão te deixar puto, por que você vai morrer um bocado. MAS também vão te fazer ficar pistola à ponto de voltar sedento por vingança. E eles vão estar esperando, com uma tática diferente pra te pegar.

É um dos melhores jogos cooperativos online que eu já joguei. Resumindo é isso. Conversei com algumas pessoas na BGS 2018 que não tavam lá muito empolgados. Mas The Division 2 é FODA. Esse é o meu resumo. Vai lá e compra. Por que além de ser bom pra caramba, ainda é o tipo de jogo que vale o investimento por que tem muito conteúdo pra entrar no ar ainda. Inclusive estamos ansiosos viu, dona Ubisoft?