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O meu primeiro contato com Assassin’s Creed foi em 2011, se não me falha a memória, quando comprei um bundle que vinha o recém-lançado Assassin’s Creed Revelations e o primeiro da franquia. Joguei alguns minutos do lançamento, escalei construções históricas, usei a visão de águia, não entendi nada, mas adorei. Parei e pensei: “Eu tenho o primeiro jogo aqui também, deixa eu fazer isso aqui direito.” E assim o fiz.

Desde então é uma das franquias que eu mais gosto. Sempre fico animado quando tem algum rumor de jogo, porque é certeza que iremos explorar algum lugar extremamente importante da nossa história, ver personalidades da época, e até aprender um pouco. Quem disse que video-game não ensina nada?

E aí a franquia seguiu, ano após ano, até que um dia parecia que tinham chegado no limite, com Assassin’s Creed Unity (2014), e seu sucessor Syndicate (2015), que foi até mais bem aceito, diferente do seu irmão mais novo.

Muito se foi falado sobre Odyssey na época em que foi lançado, em Outubro de 2018. O fato dele ter vindo apenas 1 ano após o lançamento de Assassin’s Creed Origins, jogo o qual a Ubisoft aproveitou para dar um respiro a si mesma, considerando que o último jogo saíra em 2015, deixou muita gente com a pulga atrás da orelha.

O consenso era de que a franquia deveria seguir a linha de lançamento bienal. Afinal, a franquia está entre nós desde 2007, e a mesmice em que o jogo caiu era mais que o suficiente para a galera achar que Origins tinha sido um breve respiro da série, e que o lançamento de outro título tão próximo faria com que a franquia se afundasse de novo.

Ledo engano.

Antes de continuar, uma breve recapitulação geográfica da série: Em Assassin’s Creed, estamos na região da Terra Santa, por volta do ano 1190. O título seguinte, que na verdade é uma trilogia que vou condensar aqui, avança um pouco mais no tempo e nos coloca na Itália, berço do renascimento.

Assassin’s Creed III vem com tudo e te joga num dos períodos mais importantes da história dos Estados Unidos: a Guerra Civil americana. Black Flag, título seguinte, volta um pouco no tempo, no séc XVIII, e te coloca no lugar mais mágico que um pirata pode ir. No Caribe.

Apesar de ter sido uma bomba, Assassin’s Creed Unity nos localiza na Paris revolucionária, em 1789, e, antes da pausa, Assassin’s Creed Syndicate nos mostra a Londres vitoriana, época da revolução industrial.

Assassin’s Creed IV: Black Flag

É sabido que a franquia tem um peso histórico muito grande em seus enredos, sempre visitando locais e eventos que realmente fizeram parte da nossa existência, como pudemos ver, pontualmente, no parágrafo acima. Mas é claro que não ia parar por aí, até porque, antes de “Assassin´s Creed Origins”, o Egito Antigo não havia sido visitado ainda. E, como não poderia deixar de ser, a Grécia Antiga também.

E é aí que chegamos no, até então, título mais recente da franquia: Assassin’s Creed Odyssey. Por ser uma série muito pautada em acontecimentos reais, ficava até difícil imaginar o jogo indo para a Grécia Antiga sem dar aquela flertada com a mitologia. Afinal, Grécia sem mitologia é igual Pelé sem Coutinho, e eu assim sem você. Era como jogar no set de filmagens de “O Casamento Grego”, mas AINDA BEM que a série teve sua dose de mitologia.

É claro, e ainda bem, que não é um negócio que você fale: NOOOOOOOOSSA MAS COMO COPIOU GOD OF WAR NA MITOLOGIA GREGA, mas, como eu mencionei no texto quando joguei a demo na Gamescom, tem até a Medusa! E isso fez muito bem pra franquia. Poder explorar a fantasia e seus “exageros”, e ainda assim manter o pé na realidade, é algo muito legal. E como a mitologia grega é uma das mais, se não for A MAIS, ricas do mundo, material pro jogo trabalhar não ia faltar, né. Medusa, como citado, Ciclope, Minotauro, Deuses, são alguns dos elementos que o jogo nos mostra.

A Grécia é um lugar com tanta história e tanta riqueza, elementos que casam perfeitamente com a temática do jogo, que a gente teve um jogo que nos mostra criaturas mitológicas fantasiosas e filósofos importantíssimos da nossa história, no mesmo enredo. E isso é algo muito positivo, pois uma coisa não exclui a outra. A “realidade” não exclui a “fantasia”, quando se trata de enredo. Se bem feito, tudo é permitido.

Bem feito. Essa é a expressão. Mesmo com a pulga atrás da orelha de todos, desde seu anúncio, a Ubisoft conseguiu melhorar o nível da franquia, que havia resgatado com o título anterior.

E foi com tanto material legal pra trabalhar que, pra mim, Assassin’s Creed Odyssey se tornou o melhor jogo da franquia. O mapa que é GIGANTE, maior que o de Origins, é algo até assustador. To até vendo que em 2035 vamos estar em Assassin’s Creed: Metal Rises (olha a ideia aí, Ubisoft), e o mapa vai ser escala 1:1. Só porque é muito legal!

Nos meus textos sobre Assassin’s Creed eu sempre falo que havia três lugares que eu sempre quis ver na franquia: O Egito Antigo (done), a Grécia Antiga (done) e o Japão Feudal. Vamos pegar carona no bonde dos jogos com temáticas japonesas e fazer um Assassin’s Creed: Shogun, onde controlamos um Ninja, que deve ser stealth, vestido de preto para melhor camuflagem a noite, que corre por paredes das construções locais e atira shurikens? Sério, OLHA QUE SETTING INCRÍVEL, GENTE!

E para finalizar, fica aqui meu top 5 jogos da franquia:

  1. Assassin’s Creed Odyssey
  2. Assassin’s Creed: Brotherhood
  3. Assassin’s Creed: II
  4. Assassin’s Creed Origins
  5. Assassin’s Creed IV: Black Flag