Comece customizando seu personagem. Entre algumas centenas de possibilidades (matemática baseada no meu achismo), Heave Ho já começa engraçado aí. Faça o tutorial, balance pra lá e pra cá e tente a sorte em alguns movimentos ousados para que fique mais bonito, tal qual um ginasta nas barras paralelas.
Heave Ho é um desses jogos que você pode chamar de “party game”, pois o foco dele é o multiplayer local de até 4 pessoas que, quando você juntar as pessoas para jogar, com certeza sairão risadas. É possível que saia briga? É, principalmente quando você está perto de completar aquela fase impossível, e o seu amigo erra o final por alguns milímetros.
É com essa breve introdução do sentimento que tive com Heave Ho que começo esse review. É claro que você pode jogar sozinho, mas….party game! Vai por mim! As fotos e vídeos que vocês verão aqui são autênticas do meu gameplay, e devo agradecer a minha namorada por ter tirado as screenshots e feito as gravações, mesmo que TODAS (sim, 100%) delas tenham sido sem querer e aconteceram pela tensão que ela tava enquanto jogava, e aí esbarrava o dedo no botão de gravação. Mas sério, ajudou muito!
Já é corriqueiro e de conhecimento geral que os jogos da Devolver tenham um viés mais cômico, temos Broforce e, mais recentemente, My Friend Pedro para reforçar isso.
A idéia é simples. Ir de ponto A a ponto B. A tarefa é que não é. Você controla um boneco que parece aquelas bexigas que a gente enchia de farinha quando estávamos na escola, sabe, e que tem apenas dois braços para que você o controle.
A alavanca controla a direção e rotação dos braços, enquanto os gatilhos (R e L) controlam a pegada dos respectivos braços. E use a física a seu favor, você vai precisar dela.
O começo do jogo é bem introdutório, para que você pegue os paranauê, mas aí as fases vão ficando cada vez mais complexas e exigem que você, as vezes, tenha ideias loucas.
Conforme você vai entendendo como a física da coisa funciona, você passa a usar isso a seu favor (lembra que eu falei dela? Pois é). Não significa que o jogo vai ficar fácil, pequeno gafanhoto.
O jogo é dividido em “runs”, ou seja, cada “run” é composta por 4 ou 5 fases de um mesmo estilo. Como você viu na imagem ali de cima, a primeira run é mais simples, sem muitos obstáculos, mas a disposição de objetos varia de uma fase pra outra.
E a ideia é justamente essa mesma. Tentativa e erro. E ás vezes você fica tanto tempo numa fase só, que o jogo resolve te dar uma colher de chá, pega na sua mão e fala: “Vem cá filho, passa de fase, vai”, e ativa o modo “Mamãe”, quando duas barras de suporte milagrosamente aparecem para que tudo fique mais fácil.
Em meio a tanto balanço pra lá e pra cá, mortes acidentais que jorram tinta da cor do seu boneco e deixam a tela parecendo uma pintura modernista, enquanto eu jogava com a minha consagrada, muitas risadas foram dadas e até alguns momentos de coordenação do tipo: “Pera, agarra daquele outro lado, pra que eu pule pra lá e depois a gente da um duplo twist carpado à lá Daiane dos Santos pra chegar”.
E como se a mecânica do jogo já não fosse traiçoeira o suficiente pra que você tente aquilo à exaustão, o jogo ainda faz o favor de introduzir alguns elementos pra deixar AINDA MAIS DIFÍCIL!
“Ah, duvido!”. Duvida? É mesmo? Então se liga no vídeo abaixo que nós tivemos que controlar os bonecos NO ESCURO, brother. Apenas com um spot iluminando onde o seu personagem tava.
O que eu mais acho legal nesse tipo de jogo é justamente o fato dele ser do tipo “tenta aí que uma hora você consegue”. Gostei dessa categoria de jogos que eu acabei de inventar. Você morrer faz parte dele, e você não é punido de nenhuma forma por morrer infinitamente. Quer dizer, tirando quando você demora muito e passa uma ave que CAGA na sua cara, ou quando passa uma lhama que peida na tela deixando tudo esfumaçado, de resto é super ok!
Acho que pra terminar posso só dizer uma coisa: Heave Ho? Let’s go! Vai que é sucesso! Mas procura alguém pra jogar com você, justamente para que você tenha as mais insanas ideias e passe nervoso junto com o coleguinha!
Dois shout-outs no final desse texto: um para a Aline, minha consagrada, que topou jogar comigo para que esse review fosse possível, e outro para a Devolver, que nos mandou uma cópia do jogo, também permitindo a produção desse texto!
O jogo acabou de sair hoje! Ele está disponível para Switch e PC, e é só clicar nos links abaixo para comprar!
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