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Apresentação do jogo Blair Witch

Foi com muita surpresa que os poloneses da Bloober Team, estúdio que já desenvolveu Observer assim como Layers of Fear 1 e 2, anunciou o jogo Blair Witch durante a conferência da Microsoft na E3 desse ano e o lançou no dia 30 de agosto.

Blair Witch é baseado na conhecida franquia de filmes de terror de mesmo nome, entretanto fora um diálogo bem no começo do jogo, a história do game não tem relação com os filmes. A falta de conexão dos filmes com o jogo seria muito positivo se a história do game fosse boa, mas não é o caso.

Capa promocional do jogo

A história de Blair Witch

O enredo segue o personagem Ellis e o seu cachorro Bullet que vão tentar ajudar nas buscas de uma criança que desapareceu desapareceu na floresta de Black Hills, o mesmo lugar que tivemos os eventos do primeiro filme da franquia.

O início da história é muito interessante, mas termina de modo preguiçoso e extremamente previsível. O jogador percebe logo no começo que Ellis tem sérios problemas psicológicos, sofrendo até de transtorno pós-traumático e que o cachorro Bullet foi dado a ele para ajudá-lo em sua recuperação, o problema é que Ellis não é nem um pouco carismático. Apesar do jogo ter flashbacks tentando dar um contexto maior para a história pessoal do protagosnista, você não consegue se importar nem um pouco com ele. Com o Bullet é diferente, colocar um animal dócil em qualquer tipo de mídia é sempre um apelo para tentar fazer com que os jogadores se conectem mais com a história e aqui, a única coisa que nós conseguimos ter o mínimo de consideração é realmente com o Bullet.

Bullet

O cachorro é sem sombra de dúvida a melhor coisa do game, além de te fazer companhia, ele também te ajuda nas missões trazendo itens importantes para a história, indicando para onde ir caso você fique perdido e até mesmo para onde você deve apontar a sua lanterna para fugir dos males que a floresta traz.

Features e mecânicas copiadas de outros jogos

Blair Witch é um jogo em primeira pessoa, algo extremamente importante para que nós sintamos ainda mais medo durante as 3 ou 4 horas que o jogo dura. Para dar ainda mais emoção ao game, os desenvolvedores colocaram um aviso antes mesmo da primeira cinematic para que os jogadores joguem com fone de ouvido. Isso ocorre para temos uma melhor experiência com o som do ambiente da floresta e também da trilha sonora.

Uma das mecânicas que Blair Witch pega emprestado de outros jogos de terror é relacionada a fitas de vídeos. Em vários momentos do jogo você encontra pequenas fitas que quando são assistidas em um certo local, muda o cenário o deixando mais aberto e permitindo que você avance na história. Alguns podem achar isso repetitivo quando passamos pela mesma coisa quatro ou cinco vezes, mas acreditem, essa ainda é a parte mais divertida do jogo.

Ellis e Bullet
Blair Witch vale a pena?

Se até aqui o que você leu não te chamou a atenção, preciso dizer que os gráficos passam longe de ser algo que mereça aplausos. O framerate do jogo também é um problema, quando jogamos de dia, o jogo está muito instável, podendo deixar alguns jogadores com um pouco de dor de cabeça, assim como este que vos escreve. No período noturno está menos pior, isso acontece pelo simples fato do cenário ter que renderizar menos coisas fazendo com que o jogo fique mais leve.

De modo geral, Blair Witch se vende pelo nome e não por ser um bom jogo. Parece que a Bloober Team não teve muito cuidado no desenvolvimento do jogo para o Xbox One e fez com que os jogadores do console ficassem com medo até das diversas coisas que apareciam e sumiam por conta dos inúmeros bugs gráficos. Em termos gerais, de positivo do jogo temos o som e o Bullet.

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