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De volta para o futuro II – expectativa X realidade

Atenção! Muita atenção!

Se hoje você avistar um rastro de luz no céu, muito provavelmente não será uma estrela cadente, mas um DeLorean DMC-12.

De acordo com o segundo filme da trilogia “De volta para o futuro“, é justamente hoje, 21 de outubro de 2015, que o jovem Marty McFly (Michael J. Fox) e o Doutor Emmett Brown (Christopher Lloyd) chegam ao futuro para consertar algumas coisas que impactarão o futuro da família McFly.

O filme produzido em 1989 foi um sucesso cinematográfico que atravessou décadas, especialmente por suas previsões futurísticas. No primeiro filme da trilogia, McFly viaja de 1985 para 1955 e no terceiro de 1955 para 1885. Ou seja, De volta para o futuro II é o único dos três filmes em que a viagem principal é realmente para o futuro.

Pensando como seria o futuro, os produtores criaram diversas inovações tecnológicas que imaginaram que seriam realidade nos dias de hoje. Reuni praticamente TODAS as inovações apresentadas nos filme (Ufa, se você lembrar de mais alguma, deixe seu comentário para atualizar o post ;) )

Confira a expectativa versus a realidade do 2015 de De volta para o futuro II:

Reator de energia doméstico

O “Mr. Fusion Home Energy Reactor” é uma máquina criada pelo Doc Brown, quando alimentada com restos de qualquer tipo de coisa, como uma casca de banana ou uma lata de cerveja, ela utiliza fusão nuclear para transformar esses resíduos em uma espécie de combustível para o DeLorean.

Apesar de o petróleo ainda ser a principal fonte de energia para os meios de transporte, já contamos com opções alternativas cada vez mais populares como o biocombustível e os carros elétricos.

Provavelmente a inovação que mais se aproxima da ideia “Mr. Fusion” do filme é o gaseificador. Um protótipo construído pela Escola da Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, por exemplo, é capaz de produzir gases de síntese e para a geração de energia, aproveitando lixo não reciclável.

Carros voadores

A invenção mais comum nos filmes e séries futuristas (oi, Jetsons!) são os carros voadores. Mesmo com uma demanda já existente e apesar dos esforços de muitas empresas para ser a pioneira, ainda vamos ter que esperar um pouco mais para ver os carros levantando voo. Empresas como Terrafugia e AeroMobil afirmam que já em 2017 poderão iniciar a produção de seus carros voadores.

Com os avanços tecnológicos indo muito bem, obrigado, o maior problema que as fabricantes terão para colocar o veículo aéreo de uso pessoal no mercado, será provavelmente a regulamentação do tráfego.

Indutor de sono

Uma das primeiras invenções apresentadas a McFly em 2015 é o seu “indutor de sono” que Doc Brown usa em Jennifer para que ela esqueça o que viu no início da volta para o futuro. A máquina é muito parecida com o conceito usado no filme MIB – o flash da máquina conduz a um sono profundo que faz com que a pessoa pense que sonhou as últimas horas vividas.

Apesar de não termos nada tão rápido e efetivo, já temos no mercado indutores eletromagnéticos pulsáteis que funcionam a uma baixa amplitude embaixo da cama do usuário, esse tipo de aparelho, segundo os fabricantes, incentivam um sono profundo.

Tênis com cadarço automático

Se McFly voltar hoje, ele ainda vai precisar amarrar os tênis com as próprias mãos. Durante a produção do filme a Nike pagou para ter um merchant na produção apresentando um modelo de tênis que se amarra sozinho.

Em 2011 a Nike lançou o Air Mag, um modelo com edição limitada que “deveria” ser uma réplica do original do filme (nada de automação, ele só acende umas luzinhas ¬¬). Apesar da decepção tecnológica, a fabricação dos 1500 pares teve uma boa causa: leiloados no eBay, as receitas obtidas foram revertidas para o The Michael J. Fox Foundation for Parkinson’s disease research, fundação dedicada a pesquisas sobre a doença de Parkinson, da qual o protagonista da trilogia é portador.

No início deste ano, a Nike voltou a falar do tênis e prometeu que eles estariam nas lojas até o fim do ano (de volta à velha prancheta desenvolvedores).

Roupas autoajustáveis e autossecantes

Ah, os wearables! A evolução da tecnologia vestível talvez seja uma das inovações mais incríveis que estamos vivenciando. É cada vez mais comum encontrar trajes e acessórios inteligentes ajustáveis ou que fazem coleta de dados biométricos.

Logo que chega em 2015, McFly troca de roupa para fiar parecido com seu filho do futuro, a jaqueta que ele veste é alguns números maior, mas com um simples apertar de botão, ela calcula seu tamanho e se ajusta perfeitamente. Em outra sequência, McFly cai em um pequeno lago e sai ensopado, mais um botão e sua roupa se seca sozinha.

Enquanto as roupas inteligentes não são tão inteligentes assim, temos que nos contentar com os tecidos impermeáveis.

Revisão de carro robotizada

Na cidade do futuro, Marty avista um posto suspenso da Texaco no qual um robô substitui o frentista dando uma geral no veículo. No Brasil ainda contamos com um simpático time de profissionais uniformizados “Bom dia senhor, completa? normal ou aditivada?”. Nos EUA e em boa parte da Europa é comum que o próprio usuário faço o serviço. Atualmente muita tecnologia é utilizada para fazer a revisão de veículos, mas nada como no filme.

Curiosidades: o posto robotizado fica no mesmo local onde, em outro filme da franquia, em 1955, havia uma equipe, também da Texaco, trabalhando. A cena do futuro foi usada como comercial da empresa no ano seguinte, com o slogan “Você não precisa ser assim, só precisa pensar assim!”.

3D, holográficos e realidade aumentada

O cinema 3D existir desde os anos 60, mas com certeza a tecnologia empregada na época não era como a do super cartaz do filme “Tubarão 19”, no qual um tubarão gigante salta do alto do cinema para abocanhar McFLy na rua. Atualmente contamos até com TVs 3D em casa, mas em todos os casos, ainda precisamos utilizar óculos especiais para conseguir ver os efeitos.

Projetores de holograma e atividades com realidade aumentada também estão ficando cada vez mais populares em ações de marketing. Quem sabe daqui mais alguns anos estaremos trabalhando como em desktops como o Tony Stark?

Atendimento virtual

Mesmo em uma lanchonete estilo anos 80, Marty se depara com a tecnologia de 2015. No local, ele é atendido por um tipo de robô personificado, faz seu pedido e é prontamente atendido. Visando agilizar o atendimento, algumas redes de restaurantes utilizam tablets nas mesas ou na recepção para que o próprio usuário faça seu pedido.

Já conseguimos ver algumas versões de restaurantes robóticos em um país especificamente: Japão (só podia). Lá os visitantes escolhem seu lámen preferido em um tablet e alguns minutos depois um simpático robozinho vem trazê-lo. O mais famoso fica no distrito de Kabukicho, em Shinjuku: o Kabukicho Robot Restaurant. Exótico até dizer chega, o espaço mais parece um Carnaval balada robótica e ainda promove lutas de robôs.

Curiosidade: McFly pede um refrigerante no restaurante e recebe uma Pepsi Perfect, que vem em uma embalagem bem futurista. Aproveitando a data, a Pepsi resolveu fazer um novo marketing em cima do merchant do filme e vai lançar um versão limitada na mesma garrafa, exatamente 6.500 garrafas serão comercializadas por US$ 20,15 cada. A marca não divulgou onde as peças poderão ser adquiridas, mas o lançamento aconteceu este mês na New York Comic Con, onde os 200 primeiros cosplays (sortudos) de Marty McFly ganharam um exemplar da cobiçada garrafa.

Videogames com controle de movimento

No mesmo restaurante, McFly vê um fliperama com o jogo “Wild Gunman”, uma temática de faroeste (seria uma alusão para o próximo filme da série?). Dois garotinhos do futuro não entendem como o jogo funciona até que Marty mostra a eles. Indignados eles dizem: “Então a gente tem que usar as mãos?”, fazendo uma referência à tecnologia de controle por movimentos que vemos hoje no kinect do Xbox por exemplo. (Detalhe: um dos garotinhos é Elijah Wood, a estreia de nosso pequeno Frodo nos cinemas <3).

Portáteis

Durante uma cena em frente ao icônico relógio da torre, um velho pede a McFly que faça uma doação para a reforma do relógio. Na cena o senhor apresenta uma espécie de aparelho portátil, o que hoje provavelmente seria um tablet.

Hoverboards

Onze em cada dez pessoas diriam que a inovação que gostariam que existisse em 2015 é o skate voador do McFLy (até o Duende Verde do Homem Aranha tem um semelhante). Por isso, diversos protótipos já foram criados, mas nenhuma tão eficiente e acessível. Enquanto no filme, o hoverboard é tão popular quanto uma bicicleta – anos atrás pelo menos – ou seja, cada criança tinha um, a versão mais próxima da original, criada pela Hendo chega a custar US$ 10 mil e funciona apenas por 15 minutos e só sobre superfícies metálicas. Decepção define!

Câmeras remotas controladas

Em uma das cenas, os perseguidores de McFly são presos, nesse momento um equipamento do canal de notícias USA Today sobrevoa o local, filmando e fotografando a cena.

Os drones (ou VANTs, ou Veículo Aéreo Não Tripulado) já são uma realidade. Inventados para fins militares, eles já são usados também para fins comerciais, pela indústria agrícola para o gerenciamento de colheitas ou pelos ecommerces para entregas de encomendas. Como no filme, o jornalismo também tem usado a tcnologia para fazer coberturas remotamente com transmissão em tempo real, principalmente em áreas que oferecem risco de vida aos jornalistas.

Identificação biométrica

Outra tecnologia mostrada no filme e que já faz parte do nosso dia a dia é a identificação biométrica. Em caixas eletrônicos, smartphones e outros dispositivos já deixamos de usar chaves ou senhas numéricas para apenas colocar o dedinho e usar nossa impressão diital como acesso. Welcome to the future!

Split-Screen

Olhar Marty McFly Júnior é ver um pouco da nossa geração de jovens de 2015. Hiperconectados e multicanal. Chegando em casa McFly Júnior liga a TV e rapidamente seleciona seis canais para assistir, tudo junto ao mesmo tempo, numa tela dividida. Hoje o split screen é muito comum principalmente em aplicativos que dividem a tela dos navegadores.

Coleiras automatizadas

Numa cena rápida, mas certeira, os produtores previram que a preguiça aliada a criatividade dos seres humanos de 2015 abriria a porta para criações como coleiras automatizadas que levam seu animal de estimação para passear enquanto você põe as séries em dia. A adaptação é teoricamente simples: a coleira é presa em um drone, o dono estabelece o percurso e o equipamento leva o dog pra dar uma volta. (Me pergunto os perigos que o animal pode passar nesse trajeto monitorado a distância :().

Qualquer semelhança…

https://www.youtube.com/watch?v=ysv6Unkzb2k

Alimentos desidratados

Já pensou colocar uma esfiha em uma máquina de reidratação de alimentos e tirar uma pizza tamanho família?

Pois é, a tecnologia da comida desidratada já é usada há muito tempo pelos astronautas, mas nenhuma tecnologia permite reidratar o alimento a ponto de ele assumir sua “forma” original ou aumentar de tamanho. Hoje no mercado contamos também com os pacotes de alimento liofilizado, que são refeições “completas”, naturais, sem conservantes, nas quais só é preciso adicionar água para consumir. Como a maioria dos alimentos têm 70% de água, quando são desidratados as bactérias tem como permanecer nos alimentos, permitindo que o produto dure dois anos fora da geladeira sem se contaminar. Ele também fica mais leve, um estrogonofe por exemplo, passa de 230 gramas para apenas 100 gramas.

Ainda sim, não é a mesma coisa.

Óculos virtuais

Antes mesmo de 2015, a Google iniciou (e encerrou) seu projeto de óculos virtuais. O dispositivo é bem semelhante a ideia apresentada no filme, um óculos que faz transmissões como a tela de cum computador. No entanto, pelo menos a versão comercializada pelo ‘Glass Explorer Program’, não rendeu o resultado esperado e o projeto está suspenso por tempo indeterminado.

Comando de voz

Em uma das cenas do jantar em família, Jr. McFly usa um comando de voz para acionar uma bandeja de frutas automatizada. Essa previsão foi bem certeira, hoje contamos com cada vez mais dispositivos que usam comando de voz como controle. Lembra quando o Xbox lançou o primeiro comercial com o console sendo ligado com um sonoro “Xbox, ligar”?

Videoconferêcia

As chamadas de vídeo em tempo real são tão comuns hoje em dia que nem parecem mais uma grande inovação.

Internet banking

Durante a videoconferêcia com seu “colega” Needles, McFLy do futuro faz uma transação online passando seu cartão de crédito em uma máquina doméstica, imediatamente eles recebem a confirmação da operação. Seja pelo computador ou num aplicativo no smartphone, a tecnologia do internet banking mudou nossa forma de comprar e vender.

 E aí, qual dessas inovações você gostaria de ver ainda em 2015?