Sabe quando você quer alguma coisa, mas não sabe o que? Tipo abrir a geladeira pra pensar? Pois é, o fenômeno do streaming trouxe um paralelo interessante que é: Você tá afim de ver alguma coisa, que não seja Irmãos à Obra, Law & Order, CSI, ou reprise de novela no VIVA? Não tá afim de ver novela, TV Fama ou Roletrando? Não aguenta mais a Sessão da Tarde? Aí você abre o seu serviço de streaming favorito e fica lá rodando, rodando. São milhares de ofertas, mais chegando todos os dias e você não FAZ A MENOR IDEIA do que assistir. Ação? Aventura? Drama? Série? Filme?
Pois é, foi pensando nisso, pra você aproveitar mais tempo assistindo do que procurando conteúdos bons (e evitando MUITO conteúdo bosta) que agora nós temos um app pra isso, como diria Steve Jobs: O CHIPPU!
O App é uma mistura de algoritmo com curadoria especializada. E não é qualquer curadoria, já que um dos fundadores é o Thiago Romariz, um baita criador de conteúdo, que manja do riscado. A premissa do Chippu é unir algorítmos a uma curadoria especializada de quem ama entretenimento, assim o app dá dicas certeiras de filmes e séries em plataformas de streaming.
Disponível para iOS e Android, o produto conta com um catálogo de mais de 10 mil produções disponíveis em plataformas como Netflix, Amazon Prime Video, Google Play e iTunes e por aí vai. Liderada por Thiago Romariz e Vitor Porto Brixi, além dos engenheiros Luigi Pedroni e Thamer Hatem, proprietários da empresa de tecnologia Happe.
As dicas no Chippu vêm de duas formas: diárias e instantâneas. Os curadores do aplicativo sugerem filmes e séries baseadas no perfil dos usuários, uma por dia, e mostram onde achar o produto e por quê assistí-lo. Mas caso o desejo seja escolher um filme a qualquer momento, basta tocar no botão “Quero uma dica” que o Chippu indica o programa ideal para aquele momento. “A ideia aqui é unir as preferências do usuário com o que há de melhor nos streamings, sem que ele precise ficar horas procurando um filme. Em tempos de excesso de informações e conteúdo, acreditamos que a curadoria resolve problemas e economiza tempo das pessoas”, diz Romariz, jornalista e criador de conteúdo com passagens pelo Omelete, CCXP, ESPN Brasil, Fundação Oswaldo Cruz, Yahoo e atualmente head de conteúdo & PR da fintech EBANX.
Para Pedroni, a tecnologia por trás do Chippu é feita para sustentar a curadoria e não manter o usuário dentro de uma bolha. “Usamos um algoritmo que é focado em trazer as produções mais adequadas para cada pessoa com agilidade, mas sem perder a humanidade que uma indicação precisa. A ideia aqui é evoluir todos os dias para que a interação fique ainda mais natural e menos mecanizada”, diz. “Não queremos incluir as pessoas em mais uma bolha, pois aqui usamos a tecnologia para ajudar no acesso, na velocidade do serviço e para otimizar o trabalho da nossa equipe de curadoria”, adiciona Hatem, que promete novidades semanais no app. “Teremos novas funções e produtos com muita regularidade, pois estaremos escutando nosso consumidor a todo momento e já temos planos para os próximos meses”, completa.
A pandemia e o mercado do entretenimento
Lançado em versão beta, o Chippu foi desenvolvido durante a pandemia, mas nasceu de uma ideia antiga de Romariz: unir dados, tecnologia e conteúdo. “Essa ideia estava comigo há um tempo, mas nunca víamos um momento ideal, nem uma interface que fizesse sentido. Hoje, com um mercado de streaming aquecido e a necessidade de curadoria cada vez mais latente, acreditamos que chegou a hora do Chippu”, diz Thiago, lembrando que o desenvolvimento foi feito de forma remota. “Parte da equipe está em Curitiba, parte em Brasília. Tudo foi discutido, criado e desenvolvido por reuniões virtuais. Somos, de fato, um produto criado dentro do novo normal”, diz Pedroni.
A pandemia fez o consumo de streaming crescer vertiginosamente no mundo inteiro. Segundo pesquisa realizada pela plataforma Conviva, a audiência destes serviços cresceu 20% no início deste ano e se comparada ao mesmo período do ano anterior o crescimento beira os 80%. Para Romariz, essa expansão é um reflexo direto da quarentena, mas também um fato que irá permanecer no comportamento coletivo de toda uma geração, pois era padrão antes da COVID-19. “A indústria de streaming está se descobrindo em muitos sentidos, e a pandemia acelerou algumas tendências e o processo de digitalização de algumas marcas. No Brasil, se hoje temos Netflix, Amazon, Fox e Globo investindo em plataformas assim, ano que vem teremos Disney, HBO e outras. Nós do Chippu acreditamos que estamos no começo de uma era que será pautada pela união de dados e conteúdo em larga escala, e a curadoria é um serviço importante para todos os usuários”, opina.
Atualmente, o Chippu está em versão beta e disponível para smartphones com sistema operacional iOS ou Android.
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