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It, a Coisa: tenha medo, muito medo! (mas nem tanto)

By 10/10/2017Cinema, HQs e Livros

Todo mundo tem medo de alguma coisa. Muitas vezes um monte de coisas, let’s be honest. E não tô falando de um medinho, tô falando de coisas que te aterrorizam de verdade, te congelam de medo, te fazem ter ansiedade só de pensar. Eu, pessoalmente, fico apavorado com a ideia de ser enterrado vivo. Tem gente que se sente assim na presença de aranhas, ou cobras, ou em lugares altos. E, é claro, na presença de palhaços.

Esse medo insano de palhaços não é nada incomum, na verdade. E existe na cultura pop já tem um bom tempo. E talvez esse medo todo se deva em parte ao livro (e minissérie de 1990) It, a Coisa de Stephen King, lançado em meados dos anos 80. E o filme recém-lançado este ano sem dúvidas só reforça essa atmosfera de terror em volta dos palhaços. A boa notícia é que esse longa de 2017 já é um sucesso de público, no Brasil e no mundo: nos primeiros 15 dias em cartaz, o filme faturou US$228 milhões – se tornando a maior bilheteria em filmes de terror de todos os tempos nos EUA e a maior abertura da história do gênero no Brasil. Tá bom ou quer mais?

Para quem não conhece, o filme conta a história de uma pequena cidade no Maine que é aterrorizada de tempos em tempos por desaparecimentos e crimes violentos. Quando então o seu irmãozinho desaparece, o adolescente Bill Denbrough reúne alguns amigos e tenta descobrir o que diabos acontece por baixo dos panos da cidade. E não descobre nada de bom. (Spoiler: ele descobre a assombração da cidade – o palhaço Pennywise).

Para um grande fã de King como eu – e alguém que assistiu à minissérie de 1990 com grandes esperanças e se desapontou – fui ao cinema ver o novo It com um pé atrás e muita expectativa e fui agraciado por um filme divertidíssimo (e nem de longe a trasheira de horror que estava esperando). Os pontos principais a se destacar são o humor engraçadíssimo do longa, além das atuações impecáveis do elenco jovem e do arrepiante Bill Skarsgård, que encarna o palhaço-assombração.

Eu senti que esse filme, dirigido por Andy Muschietti, puxa o roteiro muito mais para uma história de aventura fantasiosa estilo anos 80 (estilo Goonies) do que para uma história de terror propriamente. Em vários momentos o cinema inteiro riu alto e se emocionou com os problemas dos garotos na telona – sem falar nos sustos! Deixa eu dizer que Skarsgård está aterrorizante e seus jumpscares são espetaculares!

Se eu fosse você, correria logo pro cinema que ainda tá passando. (A não ser que você não seja lá muito fã de palhaços. Nesse caso, talvez seja melhor assistir a alguma outra coisa).