O que é Control?
Após 2 jogos saindo para consoles da família Xbox e PC, a Remedy Studios lançou o bom Control para Playstation 4, Xbox One e PC.
Control é um jogo que possui todas as características dos melhores jogos exclusivos do PS4. Ele tem elementos de RPG, mapa explorável, belos gráficos, porém a história faz com que o jogo perca força depois de algumas horas.
As personagens do jogo.
A personagem principal do jogo é Jesse Faden, uma mulher que é acompanhada por Polaris, uma entidade que a ajuda a completar o seu objetivo. Falando em missão, Jesse está em busca do seu irmão Dylan que foi pego/capturado pelo FBC (Federal Bureau of Control).
Quando eram crianças, Jesse e Dylan passaram por um evento ao encontrarem um dispositivo que era capaz de criar portas para outra dimensão. Quando o FBC chegou no local do evento, Jesse conseguiu escapar, mas Dylan é capturado e posto num programa da organização.
Em Control, tudo o que você quer é encontrar Dylan e descobrir o que aconteceu com ele depois de todos esses anos. A história começa excelente, mas se perde depois de um certo tempo de extrema enrolação para deixar o jogo um pouco mais longo. Mesmo com os episódios da série cortando o clima do jogo anterior da Remedy, ele tinha uma história que se desenrolava com mais naturalidade.
Onde Control peca?
Antes de passar para os pontos positivos do jogo, devemos falar de algo que também não é um ponto marcante, a trilha sonora. Não são muitos jogos que possuem várias boas músicas, no máximo temos temas principais que serão lembrado por muitos anos, mas Control nem isso possui. Apesar de ter efeitos sonoros excelentes com um design de som muito bom, as músicas do jogo são completamente esquecíveis.
Como se não bastasse uma história e trilha sonora medíocre, o jogo tem muitos problemas de queda framerate. Joguei no Xbox One S e depois de aproximadamente 4 horas de gameplay, toda vez que aparecia mais partículas que o “normal”, o jogo sofria para manter os 30fps no qual ele almejava.
Gráficos, colecionáveis e a engenharia de Control
Os gráficos são espetaculares, é imperceptível que o jogo rode a 720p no Xbox One. Todo o trabalho feito no polimento gráfico faz com que Control seja um dos mais belos jogos de 2019.
Assim como em Quantum Break, Control tem uma quantidade absurda de colecionáveis. Eles são divididos em documentos, fitas de vídeo e afins. Juntos, todos os colecionáveis ajudam a contar um pouco da história dos inimigos do jogo, o ruído, um pouco sobre o local em que o jogo se passa, a Casa Mais Antiga e os personagens que estão no jogo.
Para entender toda a história de Control é imprescindível que você leia, ouça e assista a todos os colecionáveis que pegar. Se você não o fizer, irá perder um pouco da experiência que o jogo tenta te proporcionar.
Existem coisas simples que fazem o jogo ser realmente diferenciado. Uma delas é a engenharia que não faz sentido algum. Todo o jogo se passa no prédio onde o FBC fica, esse prédio é chamado de A Casa Mais Antiga e quanto mais você vai olhando pra ele, percebe que é um belo emaranhado de salas, ante-salas, corredores e escritórios. Por vezes você fica um pouco perdido sobre qual caminho seguir para chegar até onde você precisa ir, mas não a ponto de se irritar com isso.
Outras coisas que fazem o jogo ter uma estética bem diferenciada é que ao entrar em um novo local não explorado anteriormente, ao invés do nome do lugar aparecer de forma sucinta e discreta, ele toma toda a tela do jogo fazendo com que você tenha certeza absoluta de onde está.
Sobre o combate e mods.
Infelizmente, o combate do jogo também fica um pouco repetitivo depois de algumas horas de gameplay. É bem legal levitar, criar um escudo com blocos de concreto ou arremessar qualquer coisa que estiver disponível no lugar em que você estiver, a diversidade de inimigos também é bem interessante e apesar do jogo te apresentar novas habilidades ao longo das horas, tudo isso fica um pouco repetitivo. Fora isso a movimentação da personagem e a maneira com que ela se comporta no cenário é magnífica.
Como vários jogos AAA que tem saído nos últimos anos, Control também pega aspectos de jogos de RPG emprestado e implementa isso muito bem. Além de Jesse poder ficar mais forte com o tempo adquirindo habilidades na árvore de habilidades, ela também tem a possibilidade de colocar modificações em suas armas ou em si própria.
No início poderá colocar equipar 1 arma e 1 modificação para ela, contudo, você poderá melhorar a sua arma ao longo do tempo com recursos que você irá achar enquanto vai jogando a campanha de Control. Sobre os mods pessoais, quanto mais pontos na árvore de habilidade você gastar, mais modificações pessoais você poderá colocar, sendo que você não poderá colocar mais de 3 mods pessoais.
Pontos finais
Apesar de todos os pontos medianos, Control se mantém como um bom jogo e a história fica em aberto para uma sequência na qual espera-se que os problemas desse primeiro game, como os framerates, a trilha sonora pouco empolgante e a história que perde a mão na metade final sejam solucionados.
Algo que também precisa ser modificado para o próximo jogo é a dublagem, diferente de Quantum Break, o mais recente jogo da Remedy Studios nem sequer possui dublagem em português, somente legenda.
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