Princesas, personagens fofinhos, ratos falantes, anões simpáticos e Príncipes encantados valentes. Tudo isso te leva a pensar primeiro em contos de fadas, que te levam a pensar em Disney, porque a Disney é a tradução dos sonhos para o mundo real. Aquela coisa perfeita, linda, que sempre acaba com um “Felizes para sempre” não é?
Pois bem, mas por trás de grandes personagens existe o Lado Sombrio dos clássicos Disney. Assim como a luz não existe sem a sombra, não existem heróis sem os vilões. E é deles que nós vamos falar hoje.
Como um fã de Walt Disney e seus clássicos, eu posso afirmar que assim como a gente gosta dos protagonistas, não tem como não amar os vilões, por mais cruéis que eles sejam.
Então se prepare para uma visita pelo lado mais escuro dos clássicos Disney:
15 – Shan Yu – Mulan (1998)
Ou se você preferir, a versão genérica de Gengis Khan. Com a tribo nômade invadindo a China, o Imperador se vê forçado a convocar todos os homens capazes de utilizar uma espada para se juntarem ao exército. Assim começa a história de Mulan, a garota que se passou por soldado para evitar que seu pai, já idoso, fosse obrigado a ir para a frente de batalha. Auxiliada por um pequeno dragão, dublado por um comediante.
Shan Yu é gigante, impiedoso e tem sede de sangue. O líder da horda bárbara, um cruel exército de gigantes das estepes. Não se importa com outras pessoas, não tem o menor respeito pela vida dos seres humanos e parece um sósia Huno do Hulk Hogan. Seu objetivo é dominar a China, nem que para isso ele domine as cinzas de um país que ele deixou em chamas. Qualquer chinês é um alvo em potencial, sejam soldados, mulheres ou crianças. Melhor manter distância dele.
14 – Shere Khan – Mogli – O Livro da Selva (1967)
Pode ser que você encontre pessoas que queiram arrumar um motivo para que Shere Khan não pareça cruel, que ele viu a família sendo morta por humanos e tal. Mas não se engane, além de não existirem evidências que suportem isso, o que parece é que ele caça humanos por que não tem medo deles e nem de nada, a não ser que sejam armas de fogo.
Toda a selva teme Shere Khan e não é por acaso. O Tigre de bengala é o caçador perfeito. Cruel, frio e calculista, a fama de Shere Khan entre os animais o precede, de tão grande que é a sua reputação. Ele é basicamente um assassino perfeito, na forma felina. Pense em Hannibal Lecter por exemplo e você vai ter uma idéia de quem é Shere Khan.
Vale lembrar que teremos uma refilmagem de O Livro da Selva e teremos Idris Elba, como a voz do cruel Tigre. Acho justo.
13 -Jafar – Aladdin (1992)
Confesso que enquanto eu pesquisava, eu pensei que ele ia ser Top 3. Mas colocar o ambicioso Grão Vizir de Agrabah mais pro topo da lista seria problemático por uma série de razões. Ele é sim cruel, frio, calculista, sequestrador, usurpador, ladrão e assassino? Sim. Mas a incompetência dele e os planos saídos da escola de vilões do Scooby Doo, empurram ele pra trás. Mesmo com algum poder mágico (ou seriam truques?) que não fazem diferença prática, a não ser enfeitiçar o Sultão. Ele não tem nenhum lacaio, exceto por Iago, o irritante papagaio.
O que Jafar tem, de fato é um apetite voraz e até inconsequente por poder e luxo para si e para dominar a todos à sua volta. É assim que ele escalou até o cargo de Grão Vizir. Ele já atingiu o topo para a sua esperteza, inteligência, poder ou riqueza. É tipo dar o passo maior que a perna. Eu falei que o seu único aliado é um papagaio interesseiro né?
Motivo pelo qual ele vai atrás do Gênio e da Lâmpada, para conquistar os meios de ter mais poder, não é como se ele tivesse um motivo. É só um fim. Ele quer mais e mais poder e nem sabe bem o que fazer com ele. Primeiro ser o Sultão e aí o maior e mais poderoso feiticeiro do mundo. Ou seja, um eterno insatisfeito.
Nem com todas as armações e feitiços no entanto, ele conseguiu que Jasmine se apaixonasse por ele. Claro que ele não a amava e nem tinha interesse nela. Inclusive é justamente por ela ser “imune”, que ele quer tanto conquistá-la.
Esse é bem o caminho para derrotá-lo. Poderes cósmicos fenomenais, dentro de uma lampadinha.
12 – Governador Ratcliffe – Pocahontas (1995)
Esse filme é uma bosta. Mas estamos falando de vilões filhos da puta cruéis e nesse critério, o Governador Ratcliffe certamente está enquadrado. Racista, ambicioso e de caráter altamente duvidoso, o Governador Ratcliffe é levemente baseado em um personagem real, um dos colonizadores que chegou à América do norte logo no começo, chamado John Ratcliffe (no shit, Sherlock), apesar de ter sido vilanizado para efeitos de roteiro, claro (espero).
O personagem no entanto é um monstro, sem o mínimo escrúpulo, que quer abusar e escravizar a tribo indígena dos Powhatans. A coisa muda pra pior quando ele decide assassinar a tribo toda, por que eles se opuseram quando Ratcliffe tentou roubar todo o ouro deles. Ele tem certeza que o então Novo Mundo era só um amontoado de terra com um tesouro embaixo, só esperando para ser levado e não admite que nada fique em seu caminho no processo de roubar todo esse ouro.
Como é um filme da Disney, não existe ouro nenhum. O tesouro na verdade é uma metáfora para o verdadeiro tesouro que são os índios, seus costumes e a valentia da tribo, aquela coisa toda de família e pertencimento e tals. Ratcliffe no entanto, pensa que tudo não passa de uma mentira para esconder o ouro. Claro que a parada termina em confusão e ele persuade os outros colonizadores a exterminarem a tribo e aí um deles (John Smith) se volta contra o seu povo branco para defender os índios, inclusive tomando um tiro que era para o cacique Powhatan e aí a coisa se inverte e Ratcliffe é deportado de volta para a Inglaterra.
E se você está se perguntando sobre o destino do personagem original que eu falei lá em cima, foi bem pior, pra falar a verdade. Apesar de não ser nem de perto tão filho da puta quanto o personagem do desenho, ele foi emboscado pelos Powhatan, arrancaram a sua pele vivo e puseram fogo no que sobrou. Quem é cruel agora, hein?
11 – O Cocheiro – Pinocchio (1940)
Pinocchio não tem muitos vilões, muito devido à sua linha narrativa. E pra falar a verdade, nenhum deles se qualifica como um vilão digno de ocupar o lugar de um vilão Disney como se deve.
Ao menos até você conhecer O Cocheiro. Um homem (se é que é um) que coleciona garotos fujões, malcriados e rebeldes e os engana, levando os pobres garotos até a Ilha dos Prazeres, um parque de diversões amaldiçoado, onde cada moleque pode fazer tudo o que dá na telha. A primeira vista parece ótimo, mas as consequências podem não ser tão agradáveis.
Todos os garotos que ficam na ilha causando são eventualmente transformados em Burros (o animal). Quando isso acontece o Cocheiro com os seus lacaios os capturam e vendem como escravos (ou burros de carga, você escolhe). Acho que é o bastante para aterrorizar crianças em um filme infantil, certo?
Sádico, cruel e perverso , o Cocheiro chicoteia seus próprios lacaios e faz o que faz porque sim. Claro que esse vilão é uma metáfora e por isso ele parece tão satânico. Se aparecesse por mais tempo no filme, certamente estaria entre os primeiros, no quesito crueldade.
10 – Lady Tremaine – Cinderella (1950)
A melhor definição de MÁdrasta é essa senhora. Lady Tremaine não tem nenhum poder vindo do inferno, não é uma bruxa, um demônio ou coisa que o valha. Ela não tem nenhum cargo que a dê poder, exceto dentro da sua própria casa.
Apesar de tudo isso ela é bem cruel e por isso merece abrir o Top 10. Ela talvez nunca tenha tentado matar ou machucar de fato a Cinderella, mas ela tem prazer em humilhá-la e abusar dela por anos e anos. Não vamos esquecer que após a morte dos pais de Cinderella, tanto a Lady Tremaine como as suas filhas tratam a Cinderella como escrava em sua própria casa.
Claro que o fato de Cinderella ser doce, bela e gentil, apesar de ser perfeita para uma princesa, só piora a situação. Lady Tremaine é uma socialite, obcecada por galgar mais uns degraus na sociedade, casar bem as filhas e entrar de vez na alta sociedade, quase uma Evil Narcisa. Perto de Cinderella, não tinha como as três barangas sobressaírem, claro.
Isso só resulta em mais dor de cabeça, por que Lady Tremaine é no mínimo uma criatura sádica. Determinada a manter Cinderella fora da jogada, ela faz questão de dar um jeito de tentar sabotar o romance, quebrando o sapato de cristal. Obviamente o plano sai pela culatra e a Cinderella consegue ser feliz para sempre. E se tudo isso não for suficiente pra te convencer, olha aí em cima a foto com a estampa da véia. Sinistra caras, sinistra.
9 – A Rainha Má – Branca de Neve e os Sete Anões (1937)
Essa aqui pega o termo madrasta e coloca num novo degrau. A primeira grande vilã Disney também é uma madrasta, mas isso pouco importa. O que importa saber é que ela é má, cruel no pior sentido da palavra. Pedir o coração da enteada em uma caixa é especialmente filho da puta se você para pra analisar friamente.
Obcecada em permanecer jovem e a mais bela do reino, a Rainha Má pergunta repetidamente para o seu Espelho mágico se existe alguém mais bela do que ela. E assim que a resposta se torna negativa, o lado mais psicótico dela vem à tona e começa o problema com a Branca de Neve e o pedido no mínimo inusitado do coração em uma caixa, criada exclusivamente para o coração da enteada adolescente.
Isso é cruel. Tão cruel que o encarregado da missão, o caçador, destacado para enganar Branca de Neve até a floresta e assassiná-la, amarela e não consegue, levando o coração de um cervo no lugar. Branca de Neve é obrigada a fugir e o resto é história. Ela descobre e vai atrás, chegando a matar a Branca de Neve. Aí pinta um príncipe e mais finais felizes.
Pensando bem a Rainha é um dos poucos vilões Disney que não tem aquela sede incontrolável por poder. Ela já é a Rainha, uma feiticeira poderosa, já herdou um reino (sabe-se lá em que condições, mas ok), tem um espelho pra ficar adulando ela. Mas se for contrariada, não hesita em mandar matar adolescentes para conseguir o que quer. Quão doente é isso…
8 – O Rei de Chifres – O Caldeirão Mágico
O próximo na lista é bem desconhecido do público em geral. O Rei de Chifres é o vilão de um dos maiores fracassos de animações Disney e que mudou uma série de coisas para a divisão de animação.
Por anos a conversa nos corredores era de que a série de livros As Crônicas de Prydain, de Lloyd Alexander seria a adaptação que ia colocar a Disney novamente como uma referência em animações pós anos 80. Animadores e tecnologias foram utilizados com a promessa de que O Caldeirão Mágico seria uma revolução, tal como foi Branca de Neve e os Sete Anões.
Deu ruim, mas pelo menos é um vilão cruel e feio o suficiente para estar na lista. Até por que foi o vilão de um filme que ferrou com a vida dos Estúdios Disney.
Um esqueleto em roupas rasgadas, com olhos vermelhos brilhantes e uma voz capaz de gelar até os ossos, esse lich (um mago/zumbi) com delírios de grandeza e dominação mundial, está preso em seu castelo, com lacaios goblins e humanos. É um dos vilões mais feios (é um zumbi, porra) e a sua voz é assustadora e sepulcral (pelo menos a original, ele é interpretado pelo lendário John Hurt).
É claro que ele precisa do caldeirão para levantar um exército de mortos-vivos, dominar o mundo e blá blá blá e é justamente o caldeirão que causa a sua ruína. O Rei de Chifres é assustador, amaldiçoado e intimidador.
7 – Príncipe Hans – Frozen
O Príncipe é o filho mais jovem de uma família real, mas nunca destinado a herdar a coroa e vai manipulando e enganando em seu caminho até entrar na vida da Princesa Anna, para conquistar alguma coroa no fim das contas. Mas porque ele seria justamente o número 7 em uma lista que só tem os piores tipos, psicopatas, sociopatas e a porra toda?
Bem, segundo a própria roteirista de Frozen, Jennifer Lee confirmou que o Príncipe Hans foi especificamente escrito para ter todos os traços de um sociopata. Ele não tem nenhum apreço por pessoa, exceto pelas que ele pode usar, enquanto elas tiverem algum uso.
Quando ele encontra Anna, a primeira impressão é de que ele é um pateta, mongolão gigante. Mas não se engane, ele só faz isso para atraí-la. Do mesmo jeito, podemos perceber a mudança (ainda que sutil) na sua personalidade em outras oportunidades. Inclusive quando ele quer que Elsa note que ele existe. Ele adapta a personalidade dele, para espelhar a do seu alvo, por assim dizer. Praticamente o comportamento de um Serial Killer. Ele faz o que precisar, para levá-lo aos seus objetivos. Ele vai mentir, enganar e matar quem for preciso sem pensar duas vezes. Ele chega ao ponto de se passar pelo Príncipe Encantado da Anna, com direito à música. Filho da puta profissional.
6 – Úrsula, a Bruxa do Mar – A Pequena Sereia
Numa primeira olhada, dá bem pra gostsar da Úrsula, parece aquelas cantoras de música Gospel cheia de estilo e charme. E se eu te disser isso, você vai achar que ela poderia ser a companheira do protagonista, ou mentora. Mas estamos falando de uma Bruxa do Mar, que rouba as almas dos pobres desavisados do povo-sereia. A contraparte sombria do Rei Tritão.
Parte polvo, parte mulher, o que na mitologia grega é chamada de ‘cecaelia’, Úrsula é a responsável por enganar Ariel e abalar a sua confiança dia após dia, até que ela finalmente consegue jogar a filha contra o Rei e fica com a voz da princesa dos mares.
A verdadeira razão por trás de Úrsula não é só ser uma feiticeira, andar por aí acompanhada de duas enguias elétricas assustadoras e roubar as vozes e almas do povo do mar. Na verdade ela deseja tomar o trono do Rei Tritão para si e controlar os sete mares. No clímax do filme, assim que ela consegue o que quer, o Tridente do Rei dos Mares, instantâneamente se transforma em uma versão gigante de si mesma (Release the Kraken), um dos momentos mais aterrorizantes ever da Disney. Uma mistura de cara de pânico dos outros personagens, aliada a uma coisa meio H.P. Lovecraft, saída de um pesadelo, enorme contra o oceano e conjurando tempestades e ciclones. Durma agora você com um barulho desse, amiguinho.
5 – Cruella de Vil – 101 Dalmatians (1961)
Aqui temos uma vilã que lembra um pouco a Lady Tremaine. Conhecida dos brasileiros como Cruella Cruel, ela não tem super poderes ou objetos mágicos. Mas só o nome original (Cruella DEVIL) já escancara que a muié é o capiroto solto no pasto. Ou no canil, no caso.
Cruella está em 5º por que além do mau caráter, da personalidade distorcida e obviamente cruel. Ela vai além da maldade comum, por que ela faz maldades contra cachorros. E todo mundo sabe que esse é um sinal universal para a maldade suprema, maltratar pequenos filhotes indefesos. Ou no caso dela mais especificamente, afogá-los, tirar as suas peles e transformar tudo num casaco.
Poucos vilões do cinema são tão grotescamente maníacos como Cruella De Vil. Inclusive a cara dela, mais enrugada que saco de véio na piscina, com um toque meio cubista, cheia de ângulos retos e olhos de uma pessoa que não é certa da cabeça, ajudam a compor o look.
Além de querer matar os filhotes ela ainda persegue os pais, adultos que vão salvar os 101 filhotes, com os olhos quase pulando da cara, dando um ar ainda mais insano (se é que isso é possível).
4 – Chernabog – Fantasia (1940)
Bem como o Cocheiro, Chernabog não é o vilão principal do filme. Na verdade Fantasia não tem um protagonista ou uma narrativa linear e coerente. No entanto, o capítulo em que Chernabog aparece meio que funciona como um encerramento para o filme. E para todos os efeitos, o Mickey Aprendiz de Feiticeiro, tão icônico, também não é o protagonista. Desculpe zoar os seus sonhos.
Mesmo assim, Chernabog é assustador, por uma série de motivos. De cara o nome dele significa “Deus Negro”, uma representação de uma deidade do leste europeu, o Deus da noite, de um panteão antigo, anterior ao cristianismo. Em segundo lugar, ele é um monstro GIGANTE, do tamanho de uma montanha e com o poder de invocar fantasmas e outras criaturas para atuar como servos espalhando caos e maldade pela noite, enquanto você tá lá deitado tentando dormir. Eu assisti quando criança e confesso que ele me assombrou por um tempo.
O único jeito é esperar amanhecer. Assim que isso acontece todos os demônios voltam para os buracos de onde vieram, Chernabog se fecha em suas asas e se transforma em uma montanha novamente. Até anoitecer.
O mais sombrio, mais poderoso e mais assustador dos vilões Disney. A única razão de ele não ser o líder da lista é a falta de objetivos, o que faz com que tenha gente mais cruel que ele lá fora. Com uma história e a motivação certa, ele seria invencível.
3 – Scar – O Rei Leão (1992)
Antes de falar do Scar a gente tem que fazer aqui um desvio. Na dublagem original, o responsável por aquela voz hipnotizante, que traduzem exatamente o personagem sardônico e muito inteligente. O incrível Jeremy Irons.
Agora pro vilão, que é o mais próximo que a Disney tem de um vilão Shakespeareano em quase 80 anos de produção de desenhos animados. Ao mesmo tempo Iago (de Othello) e Claudius (de Hamlet) fundidos em um magnífico vilão. Scar. E não é só o vilão e ponto. Acho que é a música mais legal de um vilão, que apresenta exatamente a sua personalidade, com todo o plano que ele idealizou, com estética facista, com direito ao seu exército particular de hienas marchando como tropas Nazistas. Isso é um vilão de respeito.
Assim como uma obra de Shakespeare, Scar planeja cada passo da queda de seu irmão o Rei Mufasa, mandando-o dessa para a melhor ao tentar salvar seu filho Simba e removendo os dois obstáculos para o trono de uma vez.
O ridículo depois disso é que após esperar e planejar tanto e executar com brilhantismo, mostra que é um rei incompetente pra cacete. Deixa as terras nas mãos das hienas e espantando os animais. Logo ele governava só as cinzas do que foi um reino.
Quando Simba retorna, adulto e a cara do pai, Scar pira de uma vez, mas quase convence as leoas de que Simba havia matado Mufasa. Após uma batalha bem violenta entre leoas x hienas, Simba x Scar, o vilão encontra seu fim, traido pelas hienas.
O que fica de lição é que um tolo que acha que é esperto, é muito mais perigoso que um simples tolo. Mas isso é o Scar no fim das contas, malicioso, venenoso, vigarista e egoísta, que matou o irmão pela coroa, chutou o sobrinho para escanteio e quase matou seu bando, por que apesar de anos de planos e esquemas para usurpar o trono, ele nunca soube ser rei.
2. Malévola – A Bela Adormecida (1959)
Essa nem precisa falar muito né? Afinal tá no nome e na cara de psicopata. Malévola é aquele tipo de pessoa que você não quer pisar no calo. Por que se você inadvertidamente pisa, o que se segue são maldições, planos malignos e violência. Todo mundo tem um amigo assim maquiavélico, aposto.
O Rei Stefan e a Rainha Leah cometeram o erro de esquecer de convidá-la para o batizado de seu bebê, a Princesa Aurora, o que faz com que a ex-fada destemperada se materializar no meio do salão e amaldiçoar o bebê, com a sua morte, anos ao se ferir com um tear no dia do seu décimo sexto aniversário. Naturalmente a história segue com o Rei e a Rainha despachando a filha para viver com três fadas-madrinha muito loucas e banindo teares do reino, como se isso fossse impedir a nossa querida Malévola.
Uma bruxa, fria e elegante naquele vestido icônico, com direito a um chifre, emoldurando aquele rosto duro como pedra. Completamente amargurada e comprometida com o mal, planejando e imaginando sua vingança contra o Rei, sequestrando e jogando o príncipe em uma masmorra, para ser torturado. Mais que isso, ela ainda é uma feiticeira poderosa, comandando um exército de lacaios, conjurando uma floresta de espinhos e por último se transformando em um enorme dragão negro no fim.
A Malévola ainda teve uma versão filme em que tentaram explicar o porquê da amargura dela, em um filme (com a Angelina Jolie) em que o vilão na verdade é o Rei Stefan e ela é um tipo de fada que é quase uma metalinguagem para um anjo caído. Sofrível e esquecível.
1. Juiz Claude Frollo – O Corcunda de Notre-Dame (1996)
Uma figura que teoricamente é piedosa, o Ministro da Justiça no século 15 em Paris, o Juiz Claude Frollo é o nosso campeão. Um hipócrita e racista que acredita ser um homem de Deus, julga ser superior e mais puro do que as pessoas que ele deveria ajudar.
Frollo vê pecado, vício e corrupção em todo lugar, menos no seu próprio umbigo e nas suas atitudes, sendo capaz de se convencer de que cada impulso louco, maldade ou pensamento pecaminoso e horrível é culpa de alguém que não ele próprio.
Sua posição como homem da lei o favorece a sair impune do assassinato da mãe de Quasimodo por ser cigana e quase ter matado o bebê no processo. Ele só desiste quando é pego em flargra pelo Arcebispo que insiste que ele deveria se redimir do pecado criando a criança.
Duas décadas depois, ele ainda está preso a essa penitência e determinado a eliminar todos os ciganos, convencido de que eles são os responsáveis por difundir bruxaria. Racista e genocida, acaba ficando interessado em uma mulher cigana, Esmeralda. Claro que ele como um velho pervertido culpa a moça na mesma hora por seus pensamentos, que na cabeça distorcida dele são pecados e ordena que a prendam quando ela o desafia
Calma que piora. Muito. Ele tenta incendiar a casa de uma família (com a família dentro) quando ele acredita que eles estejam escondendo Esmeralda e tenta assassinar o capitão da guarda quando o mesmo o impede. Literalmente a pessoa mais desprezível do mundo, ainda tenta queimar Esmeralda na fogueira, a menos que ela passe a noite com ele.
Frollo ataca a Catedral e joga o Arcebispo pela escada. As suas atitudes são tão perversas que o povo de Paris se revolta contra ele. Não o governo, a pessoa dele.
Quando ele acaba caindo em um poço de cobre fundido, acho que todo mundo respira aliviado. Apesar de ser um filme bem fraco, O Corcunda de Notre Dame esconde talvez o personagem mais nefasto já criado pelos Estúdios Disney.
E aí? Concorda com a lista? Esqueci de alguém? Deixa aí nos comentários!
Fonte: WhatCulture
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