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Netflix: a empresa está no caminho certo?

Eu acredito que a grande maioria dos leitores desse post conheceram a Netflix após o boom dos serviços de streaming, né? Nesse formato, ela existe nos Estados Unidos desde 2007, mas no Brasil chegou apenas em 2011, se não me falha a memória.

O grande barato da Netflix, na minha humilde opinião, é seu vasto catálogo. Eles te dão a opção de consumir conteúdo de várias produtoras diferentes, mediante um contrato com elas. Até por isso seu catálogo é rotativo, mas ainda assim é o seu maior atrativo. Ou seja, você podia assistir séries da ABC, CBS, FOX e muitas outras por um módico valor mensal que, apesar do seu aumento (o valor mínimo hoje é de R$ 27,90), ainda vale muito a pena!

Em 2011, a empresa anunciou que ia se aventurar no ramo de produções originais, estreando com House of Cards, em fevereiro de 2013. Desde então, foram inúmeras séries, animes, desenhos e documentários produzidos pela empresa. Entre os mais famosos, a gente pode citar o próprio House Of Cards, Stranger Things, Sense 8, The Get Down, Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage, Punho de Ferro, Os Defensores, esses últimos 5 em parceria com a Marvel, Marco Polo, Narcos, Atirador, Orange Is The New Black, Fuller House (continuação de Full House, exibido no SBT com o título de Três É Demais), e muuuuuuuuuuuuuitas outras! Juro, a lista é muito extensa, mas já deu pra gente ter uma ideia, né? Isso sem falar nos filmes originais!

Tantas séries encomendadas e produzidas pela empresa fundada por Reed Hastings e Marc Randolph levou todo mundo a pensar numa coisa: estaria a Netflix indo para o lado apenas das produções originais? Visando abandonar seu catálogo rotativo e vasto?

Eu, particularmente, não gosto dessa idéia. Afinal, como eu disse ali em cima, o grande barato da Netflix é reunir uma grande quantidade de séries, filmes, desenhos e documentários de diversos produtores, e disponibiliza-los por um preço acessível. E ir por esse caminho significa excluir aquele espectador casual, que tem sua assinatura para assistir suas séries favoritas de vez em quando. Ou seja, aquela pessoa que gosta de assistir uma SITCOM às vezes será claramente deixada de lado e irão visar um público muito mais fiel e consumidor de conteúdo, como muitos leitores desse site.

Recentemente vimos algumas notícias falando que a Netflix possuía uma dívida de $20 BILHÕES de Trumps. Algo próximo de R$ 62 BILHÕES de golpinhos. Algum tempo depois isso foi corrigido, falando que o valor foi calculado de maneira errada e que, desses 20 bilhões, $15.7 diziam respeito a obrigações de transmissão, como contratos com estúdios e tudo mais. De qualquer forma, é certo dizer que a empresa possui uma dívida de $4.5 bilhões de dólares.

Eu não estou dizendo que a Netflix está falindo, MUITO LONGE DISSO, tendo em vista os $75 bilhões de valor de mercado de ações que eles possuem. Meu ponto é: até onde essas super-produções próprias estão valendo a pena? Afinal, já vimos o cancelamento de Marco Polo, The Get DownSense8, que gerou um barulho ENORME nas redes sociais.

Marco PoloSense8 eram conhecidas do grande público, sendo a última muito mais que a primeira. Ainda assim tiveram que ficar no pente-fino da empresa, que representa um corte violento de gasto. The Get Down vinha fazendo bastante barulho, e eu tenho amigos que gostavam dessa série, mas é um segmento muito específico onde a pessoa precisa se interessar pela cultura do rap, do gueto e da vida das ruas americanas do Harlem. Vale a pena o gasto?

Não contente, a Netflix ainda anuncia que comprou a Millarworld, empresa de HQs do mundialmente famoso Mark Millar, responsável pela produção de títulos extremamente famosos como Kick-Ass, KingsmanO Procurado (Ou The Wanted, se você preferir). O valor da negociação não foi informado, mas foi estimado que ele seja menor do que os $300 milhões que a Netflix para anualmente para a Disney por licenciamento.

Na minha opinião, baseada em porra nenhuma que não meu achismo X, esse é um cenário complicado, visto que essa estratégia abre mais portas para serviços de streaming de outras produtoras como o Hulu, Amazon Prime, Fox Play e etc. A variedade é boa e saudável pro mercado e evita o monopólio da mega-empresa, mas também é necessário ver que desse jeito iremos gastar mais e mais com serviços de assinatura.

E você, o que você acha disso? A Netflix está indo no caminho certo? A dívida representa um perigo para a empresa? Comente aí embaixo suas opiniões!

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E nao deixe de conferir nosso podcast especial sobre a Netflix, onde declaramos nosso amor por ela:

ProCASTnation #35 – Uma declaração de amor à Netflix