É, galera. A Netflix não sabe brincar. Hoje, Ted Sarandos anunciou que o número de produções originais vai dobrar em 2016. Parece até brincadeira, né? Mas não é. Serão 31 séries originais (em 2015 foram 16), além de 10 filmes originais, 12 documentários e 30 produções infantis.
Hoje, a Netflix estreia uma original praticamente a cada 15 dias. Talvez, em 2016, com o retorno dos grandes sucessos como House of Cards, Orange is the new Black, Daredevil, Marco Polo, Sense8, Bloodline, Unbreakable Kimmy Schmidt, Narcos, e muitas outras, vai ter conteúdo novo praticamente toda semana, além das séries locais – como 3%, no Brasil.
Embora isso seja uma notícia excelente pra mim (que quase não tenho vida social) e provavelmente para você também, há quem fique incomodado com isso. Os canais tradicionais que ainda exibem produções em horário fixo na TV não estão muito contentes com isso. Muitos estão tentando consolidar suas próprias plataformas de streaming, mas sejamos francos: Netflix chegou primeiro e está em tudo quanto é lugar, seja na SmarTV, seja no videogame, no computador ou no celular. Quando o assunto é distribuição, não tem como competir.
A verdade é que hoje quem tem o controle é o espectador. Se você tem uma diversidade enorme de conteúdo disponível para assistir na hora que quiser, onde quiser, como quiser, por que diabos se preocuparia em ligar sua TV naquela hora, naquele canal pra assistir um episódio inédito? O usuário tem o poder, e a Netflix sabe disso. Os canais tradicionais demoraram a perceber que a hiperconectividade do espectador mudaria a forma como consumimos conteúdo. Resta saber se ainda há tempo para recuperar a audiência.
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