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Mitologia Greco-Romana – Episódio 2: Bellona

By 26/05/2015HQs e Livros

Olá, amiguinhos!

Estamos de volta para falar de Mitologia Greco-romana, e hoje a gente vai tratar de uma deusa muito, mas muito badass, que chutaria sua bunda tão forte que partiria você no meio. Ela é Bellona, a deusa romana da guerra.

Bellona tem origem etrusca, e talvez seja a deusa da guerra original dos romanos, antes que a cultura romana fosse sincretizada com a cultura helênica. Ela é uma das únicas divindades que são puramente romanas, e isso se reflete demais em sua personalidade.

 

Bellona de Rembrandt, me lembrando a cada dia de que minha beleza é barroca.

Bellona de Rembrandt, me lembrando a cada dia de que minha beleza é barroca.

Relevância para os romanos

Bellona não procurava adoradores, e ela apenas valorizava aqueles que veem na guerra seu modo de vida. No início da civilização romana, ela lutava com seus exércitos, conquistava inimigos e isso a fortalecia. Seu festival era celebrado em 3 de junho.

Todas as sessões do senado romano que diziam respeito à guerra eram realizadas no Templo de Bellona, no Monte Capitolino, fora do pomerium.

Os Fetiales, antigos sacerdotes e conselheiros romanos, conduziam cerimônias proclamando guerra e paz e anunciavam tratados estrangeiros na columna bellica, em frente ao seu templo.

Bellona versus Marte

Sempre identificamos Marte como sendo o deus romano da guerra, e isso não está errado, mas Bellona era a fúria da guerra, a carnificina. Ela representava o sentimento dos soldados prestes a entrar em combate, a ânsia pela luta. Marte, por sua vez, representava os armamentos, a virilidade, o trabalho duro. Marte era um soldado, enquanto Bellona era a guerra em si. Bellona acompanhava Marte nas batalhas, e diversos autores a consideraram sua irmã, esposa ou filha.

Etimologia

Seu nome é derivado do latim para “guerra” – bellum –, e está diretamente relacionado a algumas palavras atuais como “bélico”, “antebellum” (antes da guerra), entre outras. No início da civilização romana, ela era chamada de Duellona, nome que deriva de uma palavra ainda mais antiga que significa “batalha”.

Aparência e atributos

Bellona sempre é representada usando um capacete de batalha, vestindo um peitoral ou uma couraça, portando uma espada, uma lança, um escudo ou qualquer outra arma. Às vezes ela também pode estar segurando uma tocha ou tocando a Corneta da Vitória e da Derrota. Em representações heráldicas, ela pode aparecer como uma deusa com asas exuberantes de penas, com um capacete ou coroa.

Ammianus Marcellinus, descrevendo a derrota romana na Batalha de Adrianopla, faz referência a “Bellona, soprando sua pesarosa trombeta, se enfurecia mais do que o habitual, para infligir o mal sobre os romanos”.

Na Arte e Literatura

Quando falamos de guerra, a literatura sempre cita Marte como protagonista, deixando Bellona um tanto de lado. Ainda assim, temos um certo número de títulos que citam a deusa, ainda que brevemente. Shakespeare introduz Macbeth como um soldado corajoso e violento quando Thane de Ross o chama de “Noivo de Bellona”. Ela foi citada até mesmo na ópera Les Indes Galantes, de Rameau. Bellona foi muito representada na arte pós-renascentista como a personificação feminina da virtude militar. Numa literatura mais acessível, Bellona é a mãe de Reyna Avila Ramirez-Arellano uma das protagonistas da série Os Heróis do Olimpo, de Rick Riordan.

E você, conhece alguma participação especial dessa deusa tão legal na arte e na literatura?

Comenta aí! :)