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[Review] For Honor

By 08/03/2017Games

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For Honor, lançado dia 14 de Fevereiro de 2017, é o mais novo game da Ubisoft. Com uma temática medieval, o jogo busca retratar um pouco da época que está descrita nos livros de história. Como vocês já devem saber, você pode escolher entre três “facções”, por falta de palavra melhor, para representar. Os Vikings, os Samurais e os Cavaleiros.

É um mundo extremamente hostil, o que eu imagino ser exatamente o que os guerreiros da época viviam. Um mundo cheio de ruínas, monumentos colossais e castelos, cenário perfeito para uma boa briga de espadas e armaduras.

O foco do jogo é o multiplayer, afinal ele é um PvP feito para você dilacerar o seu amiguinho sem a menor dó, mas o jogo conta um modo singleplayer onde você pode jogar com qualquer uma das facções que você escolher. E é claro que você pode fazer com as três.

Mas vamos ao que interessa:

Visual

Não tem o que dizer. O jogo é lindo! Absolutamente incrível. As armaduras, escudos, armas e cenários são feitos com um esmero fantástico. Por ser um mundo extremamente vivo e colorido, fica difícil reproduzir isso com uma fidelidade grande. Ainda mais customizável, da maneira que o jogo é, isso torna mais difícil ainda, e nesse quesito For Honor manda muito bem.

Quando alguma CG do jogo entra, é muito bom de assistir. Ele realmente te prende, e te faz aquilo não ser um “pé no saco”, durante o jogo, como algumas CGs fazem.

Tudo bem que é mundo extremamente cruel, mas é muito bonito. As texturas conseguem ser representadas muito bem. Os escudos de madeira dos soldados do fronte, ou o brilho dos metais das armaduras dos heróis… Tudo, absolutamente tudo, desse jogo é extremamente bonito.

Jogabilidade

Eu sou muito, muito, muito chato com jogabilidade. Um jogo bom em jogabilidade, pra mim, é aquele que traz movimentos suaves, realmente te transporta para dentro do jogo e faz tudo ser mais fluído, proporcionando uma experiência extremamente agradável.

Concorde você ou não, a jogabilidade é o core da UX (User Experience, ou Experiência de Usuário) do jogo. Um jogo com uma jogabilidade ruim vai ter uma UX ruim, e vai te dar uma experiência desagradável. Consequentemente, você não vai querer jogar muito.

A jogabilidade de For Honor entrega muito bem o que ela se propõe, mas eu tenho alguns pontos para destacar.

Por se tratar de um jogo medieval, eu entendo que todo o peso das armaduras deve refletir no movimento que o seu guerreiro vai fazer, porém um peso exagerado ao atacar me incomodou um pouco. Principalmente ao realizar um ataque forte (R2), eu achei que o personagem demora um pentelhionésimo de segundo a mais do que ele poderia, fazendo com que o tempo de resposta entre você apertar o botão e o fim do movimento ser grande o suficiente para seu ataque ser interrompido por uma fatiada inimiga. É claro que isso talvez seja reflexo da minha falta de habilidade como guerreiro, mas como esse é o meu review, eu achei importante destacar.

Eu ainda acho que a Ubisoft pode melhorar um pouco na jogabilidade dos seus jogos. E eu sinto isso em quase todos. Sempre acho que tanto Assassin’s Creed, ou The Division, e o próprio For Honor podiam ter uma jogabilidade um pouquiiiiiiiinho mais fluída. Isso não compromete a experiência do usuário de maneira alguma, mas é um improvement a ser feito!

Som

Engraçado como esse é o quesito mais difícil, pra mim, de avaliar. Eu sou músico, considero meu ouvido bastante treinado e, além disso, edito os podcasts aqui do site. Ou seja, deveria ser a parte que mais me interessa num game, mas não. Toda essa informação visual que o jogo me apresenta faz eu prestar menas atenção no som do que deveria.

O que eu gostei? A dublagem. Eu amo dublagem, de verdade. Apesar de assistir filmes live-action legendados, para ter o som da fala casando com o movimento da boca do ator, filmes de animação eu só assisto dublado. Acho que algumas coisas bem localizadas numa dublagem pode dar outra cara pro filme/jogo.

Não cheguei a reparar em nada nesse jogo que me desagradasse na questão do som. E olhe que todo o tempo que eu joguei, joguei com meu headset ta TurtleBeach, o PX4, para estar sempre atento aos detalhes sonoros.

Explosões, barulho de flecha passando, uma corda sendo cortada numa CG, a espada perfurando ou batendo na armadura do inimigo. Tudo isso realmente traz uma fidelidade e imersão enorme pro jogo. Além de algumas música épicas que casam perfeitamente com o tema.

Replay

Bom, eu não sou a pessoa que mais joga o mesmo jogo mais de uma vez. Principalmente jogos que te contam uma história, eu dificilmente vou jogar de novo. Acontece com alguns, como foi o caso de Tomb Raider (2013), mas no geral, eu jogo muitas vezes, por exemplo, um jogo de competição. Seja ela online, ou não. Uma coisa que tenho jogado muito ultimamente, é o NBA 2k16. Já completei duas temporadas como jogador da NBA no modo carreira, mas aquilo ainda me diverte a ponto de jogar várias vezes.

Ah, era For Honor, né? Verdade, desculpa o ALT+TAB. Com o seu core pensado pro multiplayer, esse jogo já te faz querer jogar mais algumas vezes por si só. A competição, o fato de jogar com os amigos, a questão de você poder upar de level e ganhar melhorias e habilidades diferentes já jogam a favor desse quesito.

Ah, verdade, vamos a isso. Cada guerreiro possui uma habilidade que pode ser equipada no D-Pad. E isso você escolhe antes de cada partida. Enquanto jogava, por diversas vezes eu joguei com a habilidade de cura equipado no D-Pad <, mas depois ganhei uma habilidade que reduz em 15% o dano que eu tomo e uma que aumenta o dano que eu causo por 30s. Ou seja, fui todo pro combate! Hahahaha

Esse dinamismo é bem legal! O modo PvP com certeza vai te proporcionar ótimos momentos, principalmente se você e seu(s) amigo(s) estiverem em times opostos. Por que, rapaz… Como é da hora você matar um herói e mandar um golpe de misericórdia no melhor estilo Fatality nele, viu? Jogando com os Cavaleiros, fiz isso diversas vezes, onde ele simplesmente fatiava a cabeça do inimigo fora, depois de dar-lhe uma bela espadada no bucho.

Pretendo continuar jogando? Mas é claro! A temática é incrível, eles retrataram muito bem os povos e seus guerreiros, e o PvP também contribui pra diversão. Ainda tem o fato de que eu nem cheguei a terminar o modo história com todos os povos, então tenho mais motivo pra voltar a jogar.

Controles

Eu disse que gostei bastante da jogabilidade de For Honor. O layout dos botões no controle faz bastante sentido para o estilo que o jogo traz. Você segurar L2 para se defender e escolher o lado da guarda com a alavanca direita é bem intuitiva para a hora do combate.

O L2 não apenas serve para colocar o guerreiro em modo de defesa no combate, mas é ele quem inicia um combate. Chegando no inimigo, se o combate não for ativado sozinho, apertando L2 o oponente também já entra em modo de luta, e aí meu amigo…. é um apocalipse de metal e sangue.

Para dar mais possibilidades de combate, os golpes principais foram colocados no R1 e R2, onde o primeiro é o golpe mais fraco, e o segundo o mais forte. O botões QUADRADO e TRIÂNGULO podem ser usados ao matar um herói, realizando um golpe de misericórdia, característico do povo que você usa. O X, por sua vez, pode ser usado para a esquiva. Quando o inimigo ataca, basta você apertar X + Algum lado, seu personagem irá esquivar para o lado indicado. É claro que isso requer treino, mas não é impossível. Há também a possibilidade de você se distanciar mais de um golpe, apertando X+X.

Enfim, o que eu gostei da questão de controle foi a maneira que a Ubisoft escolheu para “desenhar” o layout dos comando, fazendo com que tudo fique à sua mão, com o perdão do trocadilho, na hora do combate. Ah, e lógico que você pode consultar os controles do seu guerreiro afim de fazer mais combos, ou golpes diferentes.

Um jogo desse porte com controles complicados com certeza iria ser ruim para experiência, pois ter reflexos rápidos é fundamental para o sucesso no combate. Ou seja, é mais fácil que tudo esteja ali ao alcance dos seus dedos da melhor maneira possível.

Veredito Final

Gosta de PvP? Ta procurando um jogo com uma temática pouco explorada? Quer se aventurar em alguma coisa nova? Então joga For Honor. Vale a pena demais pra você que quer ver muito sangue e muita violência, além de conhecer um pouco mais da história que, apesar de fictícia, retrata a época de guerras e batalhas muito bem!

Ah, uma coisa que esqueci de mencionar que me agradou muito, foi a opção de customizar o seu brasão, logo no primeiro momento do jogo. Como esse símbolo representava a facção, tinha que ser algo forte e imponente, então cada jogador tem a opção de criar o seu, sem impactar no que vai acontecer lá na frente. Apenas para ser seu. Na hora que estava fazendo o meu, eu até pensei “nossa, vou tirar uma screenshot disso quando tiver terminar“. Eu terminei meu brasão e mandei logo um X de cara pra avançar, e como eu não consegui voltar naquela tela, ela se foi pra sempre.

Se alguém souber como recriar o brasão, me avisa aí nos comentários!